Ex-cabo Luiz Pedro é julgado por assassinato cometido em 2004

Publicado em 23/09/2015, às 08h04
Imagem Ex-cabo Luiz Pedro é julgado por assassinato cometido em 2004

Por Redação

Luiz Pedro vai a júri hoje por morte de servente de pedreiro (Crédito: TNH1)

Luiz Pedro vai a júri hoje por morte de servente de pedreiro (Crédito: TNH1)

Atualizada às 11h

O assassinato do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha dos Santos, em agosto de 2004, será julgado nesta quarta-feira (23), 11 anos depois do crime, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Ele foi morto com 21 tiros.

O acusado de ser o mandante do crime é o ex-cabo da Polícia Militar, ex-vereador e ex-deputado Luiz Pedro.

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O Ministério Público Estadual, representando pelo promotor Carlos David Correia, vai pedir a condenação de Luiz Pedro por homicídio duplamente qualificado.

Ele alega que o crime foi cometido por motivo torpe e sem direito de defesa à vítima, que dormia quando foi surpreendida pelos assassinos. Carlos foi morto porque era usuário de drogas. A pena pode passar de 30 anos e deve prever ainda os crimes de sequestro e formação de quadrilha.

A primeira pessoa a depor foi a esposa de Carlos Roberto. Alessandra Cristina disse que foi ameaçada e fez um questionamento que chamou atenção do júri. Confira!

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Antes do júri, o promotor conversou com o pai da vítima, Sebastião Pereira, que classificou como covarde a ação dos bandidos. Assista:

Execução

Além de Luiz Pedro, iria a júri também Rogério de Menezes Vasconcelos, um dos acusados de planejar o crime. Porém o juiz acatou o pedido do advogado de defesa do réu, Raimundo Palmeira, que pediu o desmembramento do júri, ou seja, para que Rogério seja julgado em separado. O MP proferiu pela procedência do pedido.

De acordo com os autos do processo, a vítima foi retirada à força da própria casa por quatro homens e foi assassinada em um local desconhecido. Seu corpo desapareceu do Instituto Médico Legal, antes mesmo de passar pela necropsia.

Veja organograma do crime elaborado pelo MPE

Organograma do crime elaborado pelo MPE

Ainda assim, a investigação foi concluída e apontou o mandante do crime e cinco executores: Rogério de Menezes, que ainda será julgado, e Adézio Rodrigues Nogueira, Laércio Pereira de Barros, Náelson Osmar Vasconcelos de Melo, Leone Lima e Cícero Pedro dos Santos, esses já condenados por homicídio qualificado.

O Ministério Público, na denúncia formulada para o caso, concluiu que os homens faziam parte de uma organização criminosa chefiada e mantida por Luiz Pedro, que teria instituído o grupo para ostentar poder perante a população carente das áreas que pretendia dominar.

O júri será presidido pelo juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal.

Defesa do réu

Um grupo de pessoas em defesa do réu compareceu ao Fórum do Barro Duro levando cartazes que mostram ações sociais realizadas por Luiz Pedro. Eles alegam a inocência do ex-militar.


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