Os Estados Unidos receberam informações nas últimas semanas sobre um suposto plano do Irã para assassinar o ex-presidente Donald Trump, de acordo com funcionários do governo americano.
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A rede CNN e o jornal The New York Times afirmam, citando pessoas com conhecimento do assunto sem nomeá-las, que não havia, no entanto, indicação de que o suspeito de 20 anos do atentado do último sábado (13) contra Trump, na Pensilvânia, tinha conexão com o plano.
Ainda segundo pessoas com conhecimento do assunto, o Serviço Secreto e a campanha de Trump foram alertados sobre a ameaça e instruídos a reforçar a segurança do ex-presidente.
O porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, disse à emissora americana que a agência recentemente "adicionou recursos e capacidades de proteção à equipe de segurança do ex-presidente". O Serviço Secreto não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.
O Serviço Secreto tem sido alvo de questionamentos desde que o atirador na Pensilvânia teve acesso a um telhado nas proximidades do comício do republicano e disparou diretamente contra Trump.
Em um comunicado à Reuters, a missão do Irã nas Nações Unidas em Nova York disse que "essas acusações são infundadas e maliciosas". "Na perspectiva da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal de Justiça por ordenar o assassinato do general Suleimani. O Irã escolheu o caminho legal para levá-lo à Justiça", disse em comunicado.
A ameaça é um indício de planos de longa data de Teerã para vingar a morte do general Qassim Suleimani, então chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã. Um ataque de drone autorizado por Trump quando ele ocupava a Casa Branca foi o responsável pela morte de Suleimani, na primeira semana de 2020.
Outras ameaças contra autoridades da gestão do republicano, como Mike Pompeo, ex-secretário de Estado, e John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional, fizeram com que ambos recebessem proteção do governo americano mesmo depois de deixarem o cargo.
"Como já dissemos muitas vezes, temos acompanhado as ameaças iranianas contra ex-autoridades da administração Trump há anos, remontando à última gestão", disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, em comunicado. "Essas ameaças surgem do desejo do Irã de buscar vingança pela morte de Qassim Suleimani. Consideramos isso uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade."
Na segunda, o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, indicou nesta segunda (15) que o governo analisava ameaças externas recentes. "O cenário de ameaças é muito dinâmico, internamente com o aumento do extremismo violento doméstico, e também vimos o ambiente de ameaças estrangeiras aumentar".
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