Polícia

Estuprada e queimada em cracolândia, mulher pode ter sido morta por dívida de drogas 

Eberth Lins | 13/09/24 - 11h09
Mulher foi encontrada com a cabeça queimada e um vergalhão atravessado no pescoço | Foto: Cortesia ao TNH1

Moradora de rua, a jovem Samira Ferreira dos Santos, de 22 anos, encontrada morta na Favela da Federal, no bairro Santos Dumont, pode ter sido vítima de traficantes. Ao menos essa é uma das principais linhas da Polícia Civil (PC), que investiga o caso marcado pelos requintes de crueldade. Samira era profissional do sexo e fazia programas na região da cracolandia que se formou nas proximidades da antiga rotatória da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na parte alta de Maceió, para custear o vício. Ela foi estuprada, assassinada e teve parte do corpo queimado. Quando encontrada por populares, na manhã dessa quinta-feira (12), a jovem estava de braços amarrados, sem que pudesse reagir, com um vergalhão atravessado no pescoço e ainda com as partes íntimas sangrando, resultado do estupro.

"A delegada Rosimere Gomes, que preside o inquérito policial, informou que as investigações já estão em andamento e que algumas testemunhas foram ouvidas. Embora nenhuma delas tenha confirmado dívidas de drogas, a polícia trabalha com essa hipótese, pois Samira era usuária de crack, cocaína e maconha", informou a Polícia Civil, nesta sexta-feira (13).

De acordo com informações repassadas à polícia, a jovem costumava subtrair pertences de clientes, o que também pode ter motivado uma vingança. "Outro ponto de investigação é a presença de um homem, já citado por testemunhas, que frequentava a área e tinha histórico de agredir e estuprar prostitutas", acrescentou a PC.

Como parte da investigação, a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) busca imagens de câmeras de segurança nas proximidades do galpão onde aconteceu o crime, para auxiliar na elucidação dos fatos.

Quem tiver informações  que possam ajudar a polícia a solucionar o  caso pode ir até a DHPP, em Chã de Bebedouro, ou ligar para o Disque Denúncia, no 181. A ligação é gratuita e o sigilo é assegurado pela polícia.