A abertura de fissuras em bairros da capital foi uma das ocorrências registradas pela Secretaria Adjunta Especial de Defesa Civil desde que houve um aumento no volume de chuva, na última semana.
Para identificar as causas do problema, registrado nos bairros do Farol e Pinheiro, a Prefeitura de Maceió viabilizou a realização de um estudo mineralógico, iniciado nesta segunda-feira (19) sob a coordenação do engenheiro civil Abel Galindo Marques, mestre em Geotecnia e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Além do estudo, conforme determinação do prefeito em exercício Marcelo Palmeira, serão realizadas nas próximas semanas intervenções na infraestrutura dos espaços públicos atingidos.
A primeira etapa do estudo consistiu em uma avaliação nos pontos onde houve o registro da ocorrência. Segundo contou o profissional durante a vistoria no Farol e no Pinheiro, verificou-se que o fenômeno tem causa ainda desconhecida.
“Há a possibilidade de ser um problema de contração mineralógica em decorrência da mistura de solos diferentes, o inerte e o ativo, o chamado solo misto, que é comum nessas regiões onde houve fissura. Depois que molha e seca, o solo inerte permanece no lugar, enquanto o ativo se contrai e abre fendas. É um processo longo, visto que as casas onde houve esse registro foram construídas há mais de 40 anos, e agora que o problema surgiu”, explicou Abel Galindo.
O geotécnico esclareceu ainda que serão coletadas amostras do solo e encaminhadas para o estudo mineralógico na Universidade Federal de Pernambuco, visto que em Alagoas não é feito esse tipo de trabalho. O estudo, segundo Galindo, pode durar até 90 dias, período em que as áreas onde houve o registro de fissura permanecerão em observação.
Em contrapartida, a Prefeitura deve iniciar nas próximas semanas intervenções nas vias públicas atingidas de forma paliativa para que não interfira na avaliação dos geotécnicos. Medidas definitivas serão definidas a partir do laudo técnico proveniente do estudo. Em relação aos imóveis, as famílias que tiveram imóveis com rachaduras estão em contato com a Defesa Civil, que continua monitorando a situação.
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