Capaz de suportar até dez quilos, a mão biônica foi construída a partir de kits Lego para robótica. Equipe trabalha no desenvolvimento de mais duas mãos capazes de realizar ações a partir de movimentos dos músculos dos braços e entre os dedos (Crédito: Agência Alagoas/José Demétrio)
O projeto de mão biônica criado pelos estudantes Clécio Soares e Steffane Graziela da Silva, alunos do Ensino Médio da Escola Ana Lins, em São Miguel dos Campos, ultrapassou os limites de Alagoas e já é conhecido fora do estado. Desde o último dia 28, os jovens, acompanhados pelo professor Diogo dos Santos (orientador do projeto) e pelo diretor da escola, Charles Valença, vivem uma maratona de apresentações do trabalho. A primeira foi em Olinda, em Pernambuco, na XXI Feira Ciência Jovem, que prosseguiu até o dia 29. Até este domingo, dia 1º, os alagoanos também expõem a invenção na Mostra Nacional de Robótica (MNR), em Uberlândia, Minas Gerais.
Capaz de suportar até dez quilos, a mão biônica foi construída a partir de kits Lego para robótica. O protótipo, segundo o professor Diogo, ainda está em evolução e a equipe trabalha no desenvolvimento de mais duas mãos capazes de realizar ações a partir de movimentos dos músculos dos braços e entre os dedos.
“A proposta é desenvolver uma peça com valor acessível e com possibilidade de utilização na produção industrial, evitando exposição da mão humana e minimizando ainda riscos de acidentes”, explicou Diogo.
Experiência única
Uma das três maiores feiras de ciência do Brasil, a Ciência Jovem contou com a exposição de 300 projetos científicos do Brasil, México, Peru, Paraguai e Colômbia e visa fortalecer o ensino-aprendizagem e incentivar o interesse pela iniciação científica entre os jovens. Já a MNR apresenta projetos na área de robótica desenvolvidos por estudantes da Educação Básica e Superior, tendo como propósito despertar vocações científicas e tecnológicas.
“Para nós, participar destes eventos é muito importante, pois estamos trocando experiências e compartilhando conhecimento com estudantes do Brasil e da América Latina”, afirma Steffane. Seu colega Clécio, complementa: “estamos interagindo com pessoas que gostam de criar, um aprendizado que levaremos por toda a vida”.
O diretor Charles Valença, diz que a participação nas feiras tem sido de uma experiência enriquecedora para os jovens. “Investir em pesquisa oferece novas perspectivas em aprendizagem e aqui vemos trabalhos excelentes sendo apresentados. Temos muitas pesquisas boas em Alagoas e nossos alunos estão representando muito bem o estado nestes dois eventos”, afirmou.
O professor Diogo endossa: “Hoje podemos dizer que Alagoas também será uma referência em produção científica. Agradecemos ao apoio do secretário de Educação Luciano Barbosa e da secretária executiva Laura por acreditarem em nosso projeto”, disse o educador.
Fonte: Agência Alagoas
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