Estudante de Matemática acampa em prédio da Ufal após ser desligado do curso

Publicado em 25/11/2015, às 11h52
Imagem Estudante de Matemática acampa em prédio da Ufal após ser desligado do curso

Por Redação

Estudante de Matemática acampa em prédio da Ufal após ser desligado do curso (Crédito: Reprodução/Facebook)

Estudante de Matemática acampa em prédio da Ufal após ser desligado do curso (Crédito: Reprodução/Facebook)

Atualizada às 11h20

Um estudante da Ufal ocupa, desde segunda-feira (23), um dos prédios da universidade, onde montou acampamento para protestar contra o seu desligamento do curso de Matemática.

Em postagens feitas no Facebook, Jonas Barbosa diz que foi comunicado oficialmente no dia 16 de novembro sobre o desligamento do curso de bacharelado e, três dias depois, solicitou, através de um requerimento, a sua reabilitação de matrícula. O ato é uma tentativa de reverter a situação.

O motivo do desligamento, segundo ele, seria perseguição política. Em 2013, o estudante pediu acompanhamento psicológico após ser ameaçado com uma arma dentro de um ônibus, pelo superintendente da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de São Miguel dos Campos. Em vez do receber acompanhamento, ele diz que foi encaminhado para internamento em dezembro daquele ano.

A Ufal, por meio da assessoria de imprensa, negou a existência de qualquer perseguição ao aluno, mas informou que só o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, poderia falar sobre o assunto. O TNH1 ainda não conseguiu contato com o pró-reitor.

Leia mais: Após divulgação de vídeo, chefe da SMTT promete processar estudante por calúnia

Para Jonas, a decisão de o afastar dos bancos da universidade não tem justificativa legal. “Ainda não temos resposta do colegiado. Segundo o coordenador do curso de matemática-bacharelado, existem vagas ociosas. Mas, como todos já devem ter percebido, trata-se de uma perseguição política. Visto que o atual diretor do Instituto de Matemática foi candidato a vice reitor pela chapa 2”, explicou ele, que outra chapa, em uma postagem no Facebook.

O acampamento foi montado no Centro de Interesse Comunitário (CIC) da Ufal, onde o estudante aguarda a posição de um colegiado sobre o seu requerimento de reabilitação de matrícula. “Temos reunião com os irresponsáveis que me mandaram para o hospício no dia 18 de dezembro de 2013, quando eu havia pedido acompanhamento psicológico uma semana depois de ter sido ameaçado pelo Estado com uma arma na cara. A reunião ocorrerá aqui no CIC onde funciona a Pró-Reitoria Estudantil a partir das 13:00h [desta quarta-feira]”, afirmou em outra publicação na rede social.

A assessora de comunicação da UFAL, Simoneide Araújo, informou que não conseguiu contato com o pró-reitor de graduação da Universidade, Amauri Barros, e passou os contato dele para reportagem, mas ele não atendeu nossas ligações. A assessoria passou também o contato do pró-reitor estudantil, Pedro Nelson, mas ele também não atendeu.

Veja o vídeo de 2013, que mostra o estudante sendo ameaçado:


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