Ninguém em sã consciêmcia haverá de negar que o Partido dos Trabalhadores teve um fraco desempenho na eleição de 2024, especialmente se for levada em conta de ser a legenda do presidente da República.
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A quantidade de prefeitos e vereadores eleitos pela legenda evidencia essa situação e à primeira vista não parecem boas as perspectivas para a disputa de 2026, já que o resultado das urnas neste ano deixam evidente a supremacia de partidos de centro ou de direita.
A realidade é que o presidente Lula não dispõe de maioria no congresso para aprovar matérias de interesse do governo no Congresso Nacional e quando consegue é às custas de liberação de emendas parlamentares de critérios no mínimo suspeitos.
Ou, nas eventuais derrotas, recorre ao Judiciário, que lhe é sempre simpático.
Se for realmente concorrer à reeleição, Lula terá de submeter a compromissos com o Centrão, grupo parlamentar ao qual já está vinculado - para o bem ou para o mal.
Pior para o PT é que Lula nunca se preocupou em incentivar o surgimento de novas lideranças e o partido, fundado há décadas, se confunde com a própria figura do seu único líder de fato.
Em Alagoas a situação do petismo é um tanto pior: na prática, a legenda praticamente ao deputado federal Paulão, de um único prefeito eleito e apenas uma vereadora na capital do Estado - Teca Nelma, filiada de última hora e egressa do PSD e do PSDB.
Mais grave ainda para o PT alagoano é que, ao contrário de Lula, o deputado Paulão não exerce uma liderança tão ampla e tem de assistir, inerte, a desavenças constantes entre as diversas correntes internas, além de se sujeitar a a ser mero acessório de outros partidos.
Se não parece fácil o processo de refundação do PT em nível nacional, a dificuldade desse objetivo aqui em Alagoas é muito mais palpável.
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