Estátua de macaco é encontrada a 25 metros de profundidade no mar do CE

Publicado em 24/07/2019, às 23h10
Labomar-UFC/Mar do Ceará/SEMA
Labomar-UFC/Mar do Ceará/SEMA

Por Uol

Uma estátua de um macaco com uma corda amarrada ao abdômen foi encontrada fincada no fundo do mar, a 25 m de profundidade, em Fortaleza (CE). O objeto estava a cerca de 18 km do porto de Mucuripe e foi localizado durante expedição oceanográfica realizada por pesquisadores do Labomar (Instituto de Ciências do Mar) da Universidade Federal do Ceará.

A estátua foi descoberta na semana passada e causou surpresa aos mergulhadores. O objeto de concreto está em cima de um grande arrecife e não se sabe a sua origem.

O coordenador do Labomar, Marcelo Soares, conta que a descoberta ocorreu quando ele e outros pesquisadores mergulhavam no Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, unidade de conservação do Ceará, para elaboração do plano de manejo do local.

"Foi surpreendente, pois nunca imaginávamos encontrar uma estátua naquele local, durante pesquisa de biodiversidade do parque marinho. O arrecife que ela está é fundo, com 25 metros de profundidade, e nunca tínhamos chegado àquela área", relata Marcelo.

Os mergulhadores registraram imagens da estátua, mas não mexeram no objeto porque a área é protegida para preservação ambiental.

As expedições duraram dez dias em nove recifes diferentes, alguns nunca visitados pelos pesquisadores. Eles coletaram amostras de água para análise de nutrientes, carbono, microorganismos e condições físicoquímicas da água. Além disso, foram tirados fotos e vídeos da área para diagnosticar peixes, corais e esponjas presentes.

De acordo com o Labomar, a pesquisa também traçará um diagnóstico sobre os recifes de coral, pois suspeita-se que o parque esteja sendo poluído com microplásticos e agrotóxicos urbanos vindos de Fortaleza de outras regiões.

O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio é a única unidade de conservação totalmente submersa do Ceará. A área está situada a cerca de 1h30 de barco de Fortaleza, possui extensos recifes de corais e uma rica biodiversidade marinha.

"Esta área é importante para pesca, mergulho e recursos renováveis, porém é pouca conhecida ainda para a ciência e está tendo um reforço em ações de conservação e fiscalização pelo governo do Estado", destaca Marcelo.


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