Atualizada às 19h09
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Escutas telefônicas realizadas durante quatro meses pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público de Alagoas, desarticularam dois grupos de falsificação, distribuição e revenda de cigarros que atuavam em sete estados do Brasil e que foram alvos de operação nesta quinta (7).
De acordo com o promotor de Justiça Hamilton Carneiro, a partir de um relatório da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas sobre a atividade ilegal, o MP solicitou à Justiça as interceptações telefônicas dos envolvidos.
Os telefonemas indicaram que cigarros fabricados em dois estados, um no Sudeste e outro no Nordeste, eram distribuídos e revendidos em cidades alagoanas. Os estados, conforme indicativos apurados pelo Gecoc e Polícia Rodoviária Federal, podem ser São Paulo e Bahia. Também há envolvimento de pessoas em Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba.
Com as informações obtidas nas escutas, foi desenvolvido um novo relatório que resultou na operação desta quinta. Os alvos, em Alagoas, foram distribuidores, revendedores e pontos de venda locais.
A polícia cumpriu ordens judiciais nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Até o início da noite desta quinta-feira, 12 pessoas haviam sido presas.
Foram apreendidos 15 veículos de luxo, 01 Jet Ski, 01 lancha, 04 armas de fogo, 2.920 caixas de cigarro, aproximadamente R$ 101.000,00 em espécie e mais de R$ 200.000,00 em cheques.
Nenhum nome de preso foi divulgado na entrevista coletiva do MP, com Segurança Pública e PRF, nesta manhã.
As prisões em Alagoas ocorreram em Maceió, Arapiraca e Limoeiro de Anadia. Entre os presos há distribuidores regionais e estaduais e lojistas.
Segundo o Gecoc, o material chegava a Alagoas com notas fiscais falsas, de produtos como bebidas, por exemplo, para indicar que no veículo era transportada carga lícita.
De acordo com o promotor de Justiça Antônio Luiz, coordenador do Gecoc, os presos podem ter ligação com uma quadrilha que foi desarticulada recentemente no interior de São Paulo, onde havia uma fábrica de cigarros falsificados.
Um dos alvos da operação faturava R$ 1 milhão por ano e tinha capacidade de compra de R$ 500 mil por mês, ainda segundo o coordenador do Gecoc.
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