Esclerose múltipla: revelados os primeiros (e menos conhecidos) sintomas

Publicado em 06/12/2023, às 13h30
Pixabay
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Por LIFESTYLE

Perda de sensibilidade, alterações no equilíbrio ou formigamentos são alguns dos sintomas mais conhecidos de esclerose múltipla. Existem, no entanto, outros menos conhecidos e que muitas vezes aparecem cinco anos antes de qualquer diagnóstico, afirma um novo estudo, feito na Universidade de Sorbonne, em França. 

Quais? Então, segundo os investigadores, a lista inclui obstipação, infecções urinárias e na bexiga, depressão e alguns problemas sexuais. 

Celine Louapre, a investigadora que liderou o estudo, citada no DailyMail, relembra que são sintomas relativamente comuns e que na maioria das vezes estão relacionadas com outras doenças. Explica que as conclusões são, mesmo assim, muito relevantes, especialmente para os indivíduos com risco elevado de esclerose múltipla, como os que têm a doença no histórico familiar. 

Para o estudo, os investigadores analisaram 20 mil pessoas, na França e no Reino Unido, com diagnósticos recentes de esclerose múltipla. Depois, compararam o histórico clínico de cada um com o de três pessoas com a mesma idade e sexo, mas que não sofriam da doença. Foram ainda registradas as doenças e sintomas que cada um sofreu ao longo dos cinco anos anteriores e posteriores ao diagnóstico de esclerose múltipla.

Graças a isto, os resultados, disponibilizados na revista Neurology, "mostram que os doentes com esclerose múltipla tinham 22% mais probabilidades de sofrer de depressão nos cinco anos anteriores à confirmação da sua doença, em comparação com os que não sofriam de esclerose múltipla".

Para além disso, o grupo tinha também 50% mais probabilidades de sofrer de obstipação, o risco de infeções urinários (38%), problemas sexuais (37%) e infeções da bexiga (21%) era também mais elevado.

Por último, os investigadores afirmaram que "ainda não é claro" se as doenças e sintomas são "fatores de risco" ou "sintomas iniciais inespecíficos" de esclerose múltipla. Esperam que estes "sinais precoces" ajudem os cientistas a compreender melhor os doentes com esclerose múltipla antes do "desenvolvimento dos sintomas efetivos da doença".

Não existe, atualmente, uma cura para esta doença, mas estou disponíveis tratamentos capazes de atenuar sintomas e controlar o problema. 

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