Considerada uma doença autoimune que atinge a medula espinhal e o cérebro, cerca de 35 mil brasileiros e 2,5 milhões de pessoas no mundo sofrem de e esclerose múltipla, afetando maior incidência pessoas entre 20 e 40 anos, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla - ABEM. O diagnóstico é mais frequente nas mulheres devido a fatores hormonais envolvidos na modulação do sistema imunológico.
LEIA TAMBÉM
A doença age na forma como os anticorpos interpretam as células saudáveis do sistema nervoso central, que as encaram como algo que oferece perigo ao organismo, como uma bactéria ou um vírus, resultando em lesões. As disfunções na visão, vertigem, perda de força, alteração de sensibilidade e de equilíbrio são os sintomas mais recorrentes.
A fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da Pitágoras Maceió, Rafaela Magalhães, detalha sobre a doença. “A esclerose múltipla é uma doença neurológica onde células do nosso próprio corpo destroem a cobertura de revestimento dos axônios, chamada de bainha de mielina, provocando uma dificuldade do cérebro e do corpo se comunicarem. O paciente poderá apresentar então dificuldade em se movimentar, falar, manter-se equilibrado, dentre outras limitações”, explica Rafaela.
A esclerose múltipla é uma doença silenciosa e geralmente começa com uma fraqueza em algum membro, no braço ou na perna e o tratamento deve seguir os critérios clínicos para fazer com que os surtos tenham menor duração e intervalos maiores, utilizando cortisona ou, em casos crônicos, imunossupressores. E para evitar a progressão dos sintomas é recomendável que o paciente faça um tratamento de prevenção de lesões, que inclui exercícios de fortalecimento e alongamento muscular, com o objetivo de proporcionar e promover as funcionalidades dos membros do paciente, prevenindo a incapacidade física causada pela progressão de seu quadro clínico.
Para amenizar as sequelas o paciente deve realizar o exercício que lhe dê mais prazer, dessa forma haverá maior liberação de serotonina, proporcionando uma sensação de bem-estar e uma melhora na qualidade de vida do paciente.
Mesmo sem cura, pesquisas recentes demonstram que com a prática de exercícios físicos é possível atrasar a progressão da doença. Pesquisadores capitaneados pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, constataram em estudo de 2017 que a musculação e outras atividades de força têm uma ação neuroprotetiva e neuroregenerativa em quem tem esclerose múltipla, tendo em vista que a diminuição da força muscular é uma consequência comum em pessoas com a doença.
Abaixo, alguns exercícios que melhoram o quadro clínico da doença:
LEIA MAIS
+Lidas