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O reajuste salarial anunciado pelo governador Paulo Dantas nem havia sido ainda aprovado pela Assembleia Legislativa e os servidores públicos estaduais já começavam a receber telefonemas e mensagens de zapp oferecendo propostas para empréstimos consignados ou para renegociação dos já existentes.
Um verdadeiro massacre sobre o funcionalismo, repetindo o que tem sido feito pelas instituições bancárias com servidores da União e dos municípios, repetindo o que já ocorre quando há correção de aposentadorias do INSS.
É uma situação semelhante a programas sociais do tipo Bolsa Família em que só há porta de entrada e nenhuma de saída – uma verdadeira roda viva.
Poucos são os que resistem a essa pressão por um dinheiro extra, que atende a necessidades básicas dos que recebem o “benefício”, mas se transforma, na prática, numa bola de neve que empobrece cada vez mais a categoria.
Nesse contexto, ainda há situações condenáveis, como pessoas, principalmente familiares, usarem dados e cartões magnéticos para conseguir empréstimos consignados e usar o dinheiro obtido em proveito próprio.
Só quem lucra com isso são os bancos, segmento da economia brasileira que sempre dá um jeito de lucrar, até nos piores momentos de crise.
Até porque com o empréstimo consignado o risco é nenhum, pois a parcela de pagamento é garantida pelo desconto em folha dos ativos, aposentados e pensionistas.
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