O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) apresentou hoje (15), na Casa Brasil, o novo portalVisit Brasil, que tem por objetivo divulgar o potencial turístico brasileiro no exterior. Entre as funcionalidades do site estão a opção de ver todos os estados, o que não existia na versão beta, e as atrações de cada um deles. Também estão disponíveis as opções por roteiros temáticos, como esportes, aventura, ecoturismo, praias e cultura.
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Segundo o presidente do instituto, Vinícius Lummertz, o foco da campanha de divulgação no momento está voltado para os países que tiveram a necessidade de visto suspensa pelo governo para o período olímpico: Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália.
“Por conta da retirada dos vistos, o site deu um pulo de 6 mil para 15 mil e foi a 670 mil e agora estabilizou em 65 mil visitantes. À medida que continuarmos com a promoção, promovendo o Brasil, agradecendo ao mundo por ter vindo ao Brasil, o turista vem, deixa o dinheiro e a economia roda. A internet é a forma mais barata de fazer isso. O site segue o modelo dos Estados Unidos, com conexão com estados e municípios, explicando como chegar nas cidades menos conhecidas”.
Visitantes
De acordo com Lummertz, a expectativa é de crescimento de 20% de turistas desse países. Por enquanto, não é possível aferir esse incremento por causa dos Jogos Olímpicos, que também atraíram mais visitantes estrangeiros. Segundo ele, no verão a campanha de divulgação na América Latina aumentou em 7% o número de visitantes estrangeiros no Brasil, também favorecido pelo câmbio.
O presidente do Embratur destacou que o país atrai cerca de 6,5 milhões de estrangeiros por ano, que geram receitas de 6,5 bilhões de dólares, o que corresponde ao quinto maior item da balança comercial.
Para Lummertz, o país precisa aproveitar o fim do ciclo de grandes eventos, que começou com os jogos Pan-Americanos, em 2007, e encerra agora com a Olimpíada, para atrair investimentos estrangeiros para fomentar o turismo interno.
Estados Unidos
“Precisamos aumentar o investimento internacional e criar melhores condições para que, na nossa orla, ocorram mais marinas e portos turísticos com investidores brasileiros e internacionais. Precisamos de mais cruzeiros e que nossos parques naturais tenham uma economia com mais visitantes, com menos restrições e com mais equilíbrio ambiental, social e econômico”.
Lummertz afirmou que a burocracia para licenças ambientais e a legislação trabalhista atrapalham o desenvolvimento do turismo no país, afastando investidores e cruzeiros internacionais.
“Os Estados Unidos têm 280 milhões de visitantes nos parques naturais. Nós só temos 6 milhões e concentrados nos que tem têm concessão, que têm o serviço privado junto com o Poder Público. Então, existem formas de fazer o turismo acontecer no Brasil, para que o brasileiro viaje mais para o Brasil, que o estrangeiro venha mais para cá. Existem meios e fórmulas, inclusive o site tem isso como objetivo: levar para o mundo todo esse potencial dos vários lugares do Brasil.”
Ele informou ainda que a decisão política para atrair esses investimentos está sendo tomada para que o incentivo continue após os grandes eventos. “O turismo pode fazer uma revolução na economia brasileira, tal qual fez a agricultura, com mais efeito urbano, desde que aceleremos”.
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