Houve tempo em que a atividade de comunicador, especialmente no rádio e na TV, garantia visibilidade popular e levava muitos desses profissionais a buscar – e conseguir – um mandato eleitoral.
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Aqui em Alagoas tivemos vários exemplos disso e, em nível nacional, até impediram, sorrateiramente, a candidatura de Sílvio Santos à Presidência da República.
Atualmente esse espaço passou a ser ocupado pelos chamados influenciadores digitais, com a consagração das redes sociais como meio de divulgação mais efetivo.
As eleições deste ano trouxeram alguns exemplos de que os tempos, efetivamente, mudaram a cabeça do eleitor, evidenciando uma nova realidade.
Três exemplos ilustram esse raciocínio.
Cícero Almeida – Fenômeno eleitoral que despontou em Maceió no início deste século, no rádio e na televisão, Cícero Almeida num espaço de quatro anos se elegeu seguidamente vereador, deputado estadual e duas vezes prefeito. Elegeu-se deputado federal e, depois, não conseguiu ser deputado estadual. Neste ano, anunciou a desistência da política, frustrado por ter tido apenas 1793 votos na tentativa de voltar à Câmara de Vereadores.
Anthony Garotinho – radialista de grande audiência, foi eleito duas vezes prefeito da cidade de Campos, no Rio de Janeiro, foi governador do Estado e deputado federal e nessa eleição de 2024 obteve menos de 10 mil votos para vereador na cidade do Rio de Janeiro, após uma longa batalha judicial para confirmar sua candidatura.
José Luiz Datena – depois de se lançar candidato em várias pré-campanhas e depois desistir, o ex radialista e apresentador de TV neste ano confirmou candidatura a prefeito de São Paulo, pelo PSDB, envolveu-se em polêmica durante debate televisivo – agredindo o concorrente Pablo Marçal com uma cadeirada – e, apurados os votos, ficou apenas em quinto lugar, com 1,84% dos votos.
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