Em protesto, candidatos pedem retomada do concurso da Polícia Civil de Alagoas

Publicado em 15/02/2022, às 10h37
Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL | Willamis Tavares/TV Pajuçara
Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL | Willamis Tavares/TV Pajuçara

Por TNH1 com TV Pajuçara

Dezenas de candidatos do concurso da Polícia Civil de Alagoas, certame cancelado pela Justiça após denúncia de fraude, se reuniram em frente à sede da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), no Centro de Maceió, na manhã desta terça-feira (15), para pedir a retomada das etapas, em um ato pacífico.

A reportagem da TV Pajuçara esteve no local e confirmou que a manifestação teve início por volta das 10h. Trajados com camisas confeccionadas para o protesto, os concurseiros usaram faixas com frases para cobrar a realização da segunda etapa do certame. O grupo admite a existência da fraude na realização das provas, mas reforça que as pessoas não envolvidas "não podem pagar pelos erros dos outros". 

No último mês, a Justiça negou o pedido de liminar feito pela Defensoria Pública de Alagoas para a retomada do concurso. A decisão do juiz Alberto Jorge Correia de Barros, da 17ª Vara Cível da capital, gerou reclamações dos aprovados do certame.

Os manifestantes informaram que continuam na entrada da Seplag e cobram que haja um diálogo com o governo. Eles esperam que o calendário do concurso seja retomado, assim como aconteceu com o concurso da Polícia Militar de Alagoas (PMAL).

A Seplag comunicou, por meio de nota, que o Governo analisa a situação do concurso. "A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que a questão referente aos certames de agente e escrivão da Polícia Civil de Alagoas está sendo avaliada pela Administração Pública Estadual e que tão logo haja definição sobre a situação, os interessados serão comunicados", disse em nota.

Operação Loki - Uma operação denominada "Loki" desarticulou um grupo suspeito de burlar concursos públicos em pelo menos quatro estados, sendo eles: Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Paraíba. As investigações policiais apontaram que a aprovação em um certame por meio de fraude chegava a custar R$ 50 mil. 

Outro aspecto que chamou a atenção da polícia foi o uso de equipamentos de alta tecnologia para fraudar os concursos, a exemplo de um ponto eletrônico minúsculo, imperceptível até para detector de metais, segundo a polícia.

A operação "Loki", em alusão à figura da mitologia nórdica que representa o "Deus da Trapaça", cumpriu 12 prisões preventivas e apreendeu 70 aparelhos de telefone celular, 18 notebooks, seis desktops, três pontos eletrônicos, 11 relógios digitais e a quantia de R$ 129 mil.

Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL
Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL (Willamis Tavares/TV Pajuçara)
Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL
Candidatos pedem retomada do concurso da PC-AL (Willamis Tavares/TV Pajuçara)

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