Como forma de conter o avanço do novo coronavírus, provocado após a campanha eleitoral, municípios de todo o Brasil estão adotando a diplomação por videoconferência. No entanto, em Arapiraca, segundo maior município de Alagoas, o juiz da 22ª Vara Eleitoral, Rômulo Vasconcelos, foi na contramão e optou fazer a diplomação de forma presencial.
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Na noite desta quinta-feira (17), às 19h, serão diplomados os 19 vereadores, a vice-prefeita e o prefeito da cidade.
"Eu não vou realizar a diplomação virtual. Não entendo que uma diplomação virtual tenha a mesma importância e conotação de uma presencial", afirmou o juiz, em entrevista à Rádio Pajuçara FM Arapiraca.
Respeito ao protocolo - De acordo com o magistrado, embora presencial, a diplomação vai respeitar todos os protocolos sanitários. "Nós podemos ir ao supermercado, à farmácia, respeitando os protocolos, é claro! O eleitor pôde se deslocar ao local de votação, inclusive alguns se excederam com aglomeração, e agora no ato mais importante para convalidar a eleição, não vamos fazer de forma virtual", ponderou.
Atendendo recomendações da Justiça Eleitoral sobre distanciamento social, o juiz informa que transferiu a diplomação de local, visto que o Fórum da cidade não comporta a cerimônia. Agora o ato vai acontecer no prédio da Assembleia de Deus, na Rua Salete de Melo.
"Decidi por realizar em um local aberto, arejado. É um espaço que tem mais de 150 lugares e será obrigatório o uso de máscara e álcool em gel. A diplomação presencial vai ser feita porque sei o que estou fazendo. Estou fazendo dentro do protocolo e este não é um ato impensado", acrescentou.
O juiz também anunciou que está empenhado para a construção de um novo prédio para abrigar o Fórum Eleitoral de Arapiraca e adiantou que o espaço levará o nome do ex-prefeito da cidade, Rogério Teófilo, que faleceu em agosto último por complicações respiratórias.
"A diplomação é o último ato do processo eleitoral e precisamos da realização. É o momento da chancela para que todo o processo tenha sua validade", complementou o magistrado dizendo que não foge às obrigações.