Esta terça-feira (9) marca a retomada dos depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada pelo Senado para investigar a tragédia causada pela Braskem, há 6 anos, provocando danos ambientais em cinco bairros de Maceió
LEIA TAMBÉM
A sessão de hoje da CPI da Braskem vai tomar o depoimento do advogado Francisco Malaquias de Almeida Júnior, que foi Procurador Geral do Estado na gestão do governador Renan Calheiros Filho (MDB)
Outros depoimentos previstos para esta terça-feira são os de Cássio Araújo Silva, Procurador do Trabalho, morador do Pinheiro e diretor do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, e de Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores Afetados pela Mineração da Braskem.
Para amanhã (10), está agendada a oitiva de Marcelo Arantes, dirigente da Braskem – Diretor Global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa, depoimento colocado sob suspeição pelo economista Elias Fragoso.
Professor aposentado da Ufal e coordenador do livro “Rasgando a Cortina de Silêncios”, que tem artigos de vários autores sobre o desastre ambiental causado pela Braskem em Maceió, Fragoso explica porque desconfia de Marcelo Arantes:
“Ele está blindado no STF com mandado que lhe assegura (conforme a Constituição) o direito de não produzir provas contra si ou a empresa, nesse caso”.
O governo do presidente Lula (PT) tentou evitar a instalação da CPI da Braskem, mas o senador Renan Calheiros (MDB), autor do requerimento propondo a criação da comissão, conseguiu as assinaturas necessárias – Renan saiu da CPI por não ter sido indicado o relator.
Essa postura do governo Lula, contrária ao sucesso da CPI, pelo fato de a Petrobras ser grande acionista da mineradora, tem colocado sob suspeição também o trabalho investigativo realizado pelos senadores.
Estaria no forno mais uma pizza, algo muito comum na história das CPIs?
LEIA MAIS
+Lidas