Durante depoimento, na tarde desta terça-feira, 6, no Forum da Capital, onde está sendo julgado por causar a morte de Daniel Araújo Monteiro, o empresário Edmo Rui de Assumpção Santana confessou que ingeriu álcool e fez uso de maconha na noite que antecedeu o acidente. Ele contou que dirigia pela Avenida Amélia Rosa, quando avistou o semáforo intermitente. “Eu só percebi o momento da pancada, não sabia se era um poste ou uma árvore, vi minha mulher morrendo ao meu lado”, disse o acusado. "Lamento, sinto muito. Jamais tive inimigos, jamais provoquei mal a ninguém". Assista:
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O depoimento de Edmo foi o último, antes da apresentação do Ministério Público Estadual.
Os depoimentos foram iniciados pelo policial civil Luciano Barbosa, testemunha do acidente. Ele confirmou que o acusado confessou ter ingerido bebida alcoólica e usado drogas na noite que antecedeu o acidente.
Em seguida, outra testemunha, que trabalha como frentista de um posto de combustível próximo ao local do acidente disse que apenas ouviu o barulho do choque entre os veículos, e que não teria escutado barulho de freio.
A esposa de Edmo, Patrícia Mathias, que também foi ouvida, disse que estava dormindo na hora do acidente, pois tinha bebido muito, e que quando acordou já estava no hospital. Ela afirmou que não viu o que aconteceu, mas fez a defesa do marido.
“Não tem a mínima condição de colocar 170km/h na Amélia Rosa. O velocímetro quebrou. Poderia ter quebrado em zero ou 170km/h. Meu marido não corre. Nem na estrada ele coloca mais de 140km/h. Meu marido é carinhoso, quem conhece sabe a pessoa que ele é. Foi uma tragédia, uma tempestade que mexer com muita gente".
A defesa do Edmo Rui de Assumpção Santana será sustentada pela tese de que ele não teve a intenção de matar. “Esperamos a desqualificação dele. Isso significa que o enquadramento dele é que não há intenção de ter tirado a vida da vítima. Ele não saiu de casa com a intenção de matar. Então é o que vamos sustentar. Vamos pedir a desqualificação do homicídio culposo com isso”, disse Arthur Cesar Loureiro, defensor público.
O acidente
O acidente ocorreu em fevereiro de 2015, na avenida Amélia Rosa. De acordo com os autos, o réu dirigia embriagado. A esposa de Edmo, que estava no veículo com ele, sofreu lesões e só veio a recobrar a consciência dois dias depois, no hospital. Daniel Araújo Monteiro morreu na hora.
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