A CPI Mista das Fake News foi aberta em agosto de 2019, mas teve os trabalhos suspensos em 2020 por conta da pandemia. Ela será reinstalada em fevereiro para intensificar o combate às notícias falsas nas eleições de 2022, como informou o presidente do colegiado, senador Ângelo Coronel, do PSD da Bahia.
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O Congresso Nacional vai dar esse presente para a sociedade brasileira, e quiçá do mundo, para tentar corrigir essa distorção intelectual que tem na cabeça de muitos marginais que usam as redes sociais para difamar as pessoas. Nós precisamos fazer todos os esforços para combater esse câncer digital. Não podemos permitir que as redes sociais e as empresas de mensageria sirvam simplesmente para disseminar o ódio temos que ter redes limpas, para que as pessoas possam se socializar.
Para combater as fake news, será criada uma rede de compartilhamento de denúncias relacionadas às eleições 2022. Ângelo Coronel quer firmar parcerias com órgãos como a Polícia Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério Público. O presidente acredita que a CPI terá o papel de centralizar as denúncias de mau uso das redes e mensagens do Whatsapp, por exemplo.
A CPMI vai ter um papel muito importante. Ela pode servir inclusive de um local para denúncias e que a gente possa compartilhar essas denúncias com o Ministério Público Federal, TSE, com a PF, com as polícias locais, para que a gente contenha esses malfeitores que querem utilizar esse instrumento magnífico para difamar os seus concorrentes. Vamos fazer todo o possível para coibir esta prática, de candidatos usarem dessas ferramentas principalmente usando o anonimato para difamar os seus alvos.
Para Ângelo Coronel, as fake news são o mal do século e por isso a CPMI terá um importante peso eleitoral. Durante a atuação da comissão parlamentar de inquérito, em 2019, foram interrogadas pessoas como o blogueiro Allan dos Santos, o deputado Alexandre Frota e Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro. O colegiado também vai retomar a investigação sobre o cancelamento de páginas do Facebook. Em 2020, 73 páginas foram derrubadas pela rede social por estarem supostamente ligadas a representantes do governo e fazerem uso de ferramentas proibidas, como contas falsas, mensagens em massa e formas artificiais para impulsionar o alcance on-line, os chamados robôs. Segundo Ângelo Coronel,"muitas eram usadas para pregar o ódio". Já o senador Flávio Bolsonaro classificou a medida como censura e injustiça. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.