Educação em AL abre chamada pública para aquisição de alimentos da agricultura familiar

Com objetivo de proporcionar uma alimentação escolar de qualidade aos estudantes alagoanos, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), publicou, na edição desta quarta-feira (03) do Diário Oficial do Estado (DOE), o edital da Chamada Pública para a compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Com esse processo, que conta com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Estado vai aprimorar o cardápio da merenda na rede estadual de ensino, fazendo com que 30% de toda a alimentação escolar seja oriunda da agricultura familiar.

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O edital vai contemplar 17 itens do cardápio escolar, beneficiando alunos, cooperativas e associações de todos os municípios alagoanos. Por meio do certame, serão adquiridos produtos lácteos, leguminosas, ovos, frutas e derivados de frutas. A expectativa é que a Chamada Pública também contribua para a geração de renda entre 22 mil agricultores familiares, proporcionando a inclusão produtiva e uma alimentação escolar nutricionalmente adequada.

Para se candidatar, os produtores devem estar organizados em grupos formais, como associações e cooperativas, todas detentoras da Declaração de Aptidão do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Os candidatos ainda deverão, obrigatoriamente, apresentar a documentação exigida no edital, proposta de venda e amostras dos produtos, à Comissão da Chamada Pública, na sede da Superintendência de Alimentação Escolar da Seduc, até o próximo dia 23 de maio.

Valorização do campo

Para o professor Fábio Soares, gestor da Escola Estadual Profº Mileno Ferreira, localizada no município de Santana do Ipanema, a parceria entre a agricultura familiar e a Educação ‘é extremamente positiva para os estudantes da rede estadual’.

“Moramos em uma região exclusivamente agrícola. Então, o nosso alunado vem do campo. Essa é uma grande ação de valorização, já que, agora, os alimentos que os próprios pais produzem no campo irão parar no refeitório de cada escola. É muito gratificante, para todos nós que fazemos a comunidade escolar, ver esse reconhecimento. Para os nossos estudantes, filhos de agricultores, será muito importante ver que tudo o que vem do campo, produzido pelas suas famílias, chegar a mais pessoas. É uma parceria que rende bons frutos para todos”, avalia o gestor escolar.