No próximo sábado (14), acontecerá o fenômeno cósmico do eclipse anular solar, que, diferente da sua última ocorrência em junho de 2021, será visível no Brasil. Alguns estados, principalmente os do Nordeste, terão maior parte da cobertura do sol visível, especialmente na Paraíba e Rio Grande do Norte.
LEIA TAMBÉM
O eclipse anular solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, mas não cobre completamente o disco solar. Em vez disso, se forma um anel de fogo ao redor da Lua, deixando apenas uma pequena parte do Sol visível. Esse fenômeno é resultado da órbita elíptica da Lua, ou seja, o movimento levemente oval, que faz com que ela esteja mais distante da Terra em alguns pontos de sua trajetória.
A Agência Tatu organizou os horários de início, máxima e fim do eclipse, mesmo sendo parcial ou total utilizando o mapa interativo do site Time and Date. O próximo eclipse só ocorrerá em 2 de outubro de 2024, mas esse será o com melhor visibilidade do Nordeste pelas próximas décadas, então, confira abaixo os horários para não perder o fenômeno:
Foto: Agência Tatu |
No Brasil, o fenômeno será visível durante a tarde, com as capitais Natal, no Rio Grande do Norte, e João Pessoa, na Paraíba, sendo as únicas cidades no caminho da anularidade, enquanto as demais cidades terão vista parcial do eclipse com cobertura do sol indo de 71% em Salvador a 87% em Teresina. Outras regiões terão uma visão parcial do eclipse e uma cobertura menor da lua pelo sol.
“Os eclipses solares ocorrem numa definida pelo deslocamento da sombra da Lua sobre a superfície da Terra. Somente as localidades em que a sombra passar, verão o eclipse em sua totalidade. As regiões próximas a essa faixa descrita pela sombra da Lua, terão um eclipse parcial”, explicou o professor-coordenador do Observatório Astronômico Genival Leite Lima da Secretaria de Educação de Alagoas, Adriano Aubert.
O professor ainda contou que os eclipses projetam duas regiões de sombra bem pontuais na Terra. A umbra, que oculta totalmente o Sol e não recebe luz, causando o eclipse total, e a penumbra, que é a região de transição entre a sombra e a luz, cobrindo parcialmente o Sol e causando um eclipse parcial. A umbra nunca ultrapassa os 270 km de largura, tornando a totalidade do eclipse bem restrita a uma região do planeta.
“No caso do eclipse de 14 de outubro, como a Lua está em um ponto da órbita mais afastada da Terra (apogeu), seu diâmetro aparente será menor que o do Sol, gerando uma visão de anel. Nesta condição, chama-se eclipse anular solar, diferente do eclipse total do Sol quando a Lua cobre totalmente o disco solar”, completou Bianchi.
+Lidas