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E se Paulo Dantas quiser ser candidato a senador? É uma hipótese a ser considerada para 2026…   

Em 12 de Fevereiro de 2024 às 12:00

O governador Paulo Dantas (MDB) é um personagem que saiu do baixo clero como deputado estadual para em pouco tempo adquirir luz própria na política alagoana.

Valendo-se da eleição indireta para concluir o mandato de Renan Calheiros Filho, que precisou deixar o governo para concorrer ao Senado, Paulo soube aproveitar a oportunidade que lhe foi conseguida pela determinação do presidente da Assembleia Legislativa.

Inegavelmente, sem o poder de articulação do deputado Marcelo Victor o atual governador não teria chegado aonde chegou.

O governador transformou o mandato-tampão em definitivo numa disputa apertada no segundo turno com o senador Rodrigo Cunha – no primeiro turno a diferença foi muito maior.

O certo é que Paulo Dantas tem feito uma boa gestão, em menos de dois anos de mandato, e como não poderá concorrer pela terceira vez ao governo do Estado em 2026 tem gerado especulações quanto ao seu futuro.

Por ser ainda muito jovem, tudo indica que ele não concluirá o atual mandato, devendo renunciar em abril de 2026 e tentar, pelo menos, o mandato de deputado federal, já que não parece lógico concorrer de novo à Assembleia Legislativa.

Mas há uma hipótese que começa a incomodar personagens ilustres da política caeté: e se Paulo Dantas quiser concorrer a uma das duas vagas de senador?

É um direito dele, que tem cacife para isso.

Aparentemente, o maior prejudicado com isso seria o senador Renan Calheiros, seu aliado de MDB que teria de compartilhar os votos com ele.

E ainda há o senador Rodrigo Cunha (Podemos), que se não for indicado vice do prefeito JHC vai tentar a reeleição, e também o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que estaria interessado em ser candidato ao Senado nessa próxima eleição.

Paulo Dantas tem outro ponto em seu favor: o PSB, legenda que está sob o seu controle em Alagoas e pode ser uma alternativa caso o MDB, presidido por Renan Calheiros, não lhe dê legenda.

Como se vê, são muitos os trunfos do atual governador para tentar o Senado quando deixar o cargo – basta vontade, coragem e, naturalmente, voto.

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