Dúvidas sobre o Pix? Saiba como funciona e as novidades previstas para 2025

Publicado em 17/01/2025, às 08h36
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Por Extra Online

Criado em novembro de 2020 pelo Banco Central (BC) como uma alternativa para a transferência de dinheiro, o Pix tornou-se o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, superando o uso de dinheiro em espécie e substituindo operações como DOC e TED.

De acordo com a pesquisa "O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro", publicada pelo BC, o Pix é utilizado por 76,4% da população. Além de sua praticidade, permite transferências de recursos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora do dia, e de forma gratuita para pessoas físicas.

O Pix também desempenhou um papel importante na inclusão financeira, trazendo cerca de 71,5 milhões de pessoas para o sistema bancário, segundo o Banco Central. No dia 20 de dezembro de 2024, o serviço bateu um recorde ao registrar 252,1 milhões de transações em um único dia.

Apesar do sucesso, o Pix enfrenta desafios, como o impacto de fake news que geram dúvidas entre os usuários sobre sua segurança e funcionamento.

Como funciona o Pix?

Na prática, o Pix substitui transferências bancárias tradicionais (como DOC e TED), dinheiro físico e até pagamentos de contas e tributos. Também é amplamente aceito em comércios, tanto presencialmente, via QR Code, quanto em compras online.

Para usar o Pix, é necessário cadastrar uma chave Pix na conta bancária ou em uma plataforma de pagamento. Essa chave é um identificador da conta e pode ser:

  • CPF ou CNPJ;
  • Número de telefone;
  • E-mail;
  • Chave aleatória (uma sequência gerada automaticamente).

As transações são rápidas, geralmente concluídas em segundos, e gratuitas para pessoas físicas. Para empresas, algumas instituições financeiras podem aplicar taxas, dependendo de suas políticas.

Mudanças adotadas em 2024

Em 2024, o Banco Central implementou importantes mudanças no Pix para aumentar a segurança dos usuários. Entre as medidas, foi estabelecido que transações acima de R$ 200 só podem ser realizadas em dispositivos previamente cadastrados pelos clientes.

Dispositivos não cadastrados, como smartphones ou computadores novos, ficam limitados a transferências de até R$ 1.000 por dia. Além disso, o limite máximo para transações no período noturno, das 20h às 6h, foi mantido em R$ 1.000.

Para reforçar a segurança, as instituições financeiras também foram obrigadas a adotar sistemas mais rigorosos de monitoramento, capazes de analisar o comportamento dos usuários e identificar padrões incomuns de transações.

O que esperar do Pix em 2025?

Uma das principais novidades é o lançamento do Pix Automático, previsto para 16 de junho. Essa funcionalidade permitirá a automatização de pagamentos recorrentes, como contas de luz, água e serviços de assinatura, eliminando a burocracia e mantendo a gratuidade para pessoas físicas.

Além disso, outra inovação esperada é o Pix por Aproximação, que deve estar disponível a partir de fevereiro. Com isso, será possível realizar pagamentos apenas aproximando o celular ou outro dispositivo compatível.

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