Duas vítimas da chacina em motel de Maribondo tinham ligação com crimes; uma seria líder do tráfico

Ao menos duas das quatro vítimas da chacina ocorrida dentro de um motel, no município de Maribondo, tinham ligação com crimes e histórico de prisões. Foi o que disse a polícia durante apuração do repórter Leandro Santiago, da TV Pajuçara, que esteve na cidade do Agreste alagoano neste sábado (20), logo depois de o atentado repercutir no estado.

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Um dos mortos seria o líder do tráfico de drogas na região e teria acumulado passagens pela polícia por diversos crimes. Um outro também teria envolvimento com a criminalidade. No entanto, as identidades dos quatro ainda não foram oficialmente divulgadas pela Polícia Científica. 

Os quatro corpos foram encontrados no chão na área de lazer do quarto, perto de uma mesa e de cadeiras de plástico. Ainda tinham copos com cerveja e uma garrafa da bebida alcoolica em cima da mesa, o que leva a entender que o grupo fazia alguma confraternização no local.

Autoridades da Segurança Pública também estiveram em Maribondo e acompanharam os primeiros levantamentos na cena do crime. O motel foi isolado para o trabalho de perícia e os corpos já foram encaminhados para o IML de Maceió para os exames necessários.

Até o momento, não há detalhes sobre a identidade dos executores e sobre a motivação da chacina.

O que se sabe sobre o caso:

• A polícia foi informada de que os quatro homens estavam dentro do quarto do motel quando foram vítimas de tiros;
• Testemunhas contaram que dois homens, que afirmaram ser policiais federais, chegaram encapuzados ao estabelecimento que fica às margens da BR-316. Eles também teriam usado gandola camuflada da cor do Exército;
• A dupla suspeita estaria à procura de uma das quatro pessoas que estavam no motel e rendeu funcionários para conseguir a localização dele;
• Uma das referências citadas pelos assassinos foi o alvo ser o dono do veículo Audi branco que estava estacionado no motel;
• Após chegarem no quarto, os dois criminosos bateram na porta e mandaram os ocupantes abrirem, depois colocarem as mãos na cabeça e deitarem no chão, pois eram policiais federais;
• Os quatro foram baleados e os corpos foram deixados ao lado de poças de sangue no chão do quarto do motel;
• Os autores dos disparos entraram em um veículo parado na porta do motel e fugiram, não sendo mais vistos desde então.