O dólar caiu mais de 1,5% nesta sexta-feira (29) e foi R$ 3,44 acompanhando o cenário externo, apesar das atuações mais intensas do Banco Central no mercado de câmbio numa sessão marcada ainda pela briga para a formação da Ptax do mês.
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O dólar recuou 1,64%, a R$ 3,4401 na venda, menor patamar desde 31 de julho (R$ 3,4247), depois de ter chegado a R$ 3,4291 na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 1,15% no fim desta tarde
Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,65%, enquanto em abril, a baixa foi de 4,34 por cento. "O BC não foi suficiente para conter a queda com o cenário externo favorável", disse o operador de câmbio da corretora Correparti, Jefferson Luiz Rugik.
No exterior, o dólar também perdeu força ainda na esteira de dados dos Estados Unidos que mostraram números mais fracos do crescimento econômico e depois de o Federal Reserve, banco central norte-americano, mostrar cautela na alta de juros.
O dólar também caiu em relação ao iene, com os investidores apostando que o banco central do Japão não anuncie novas medidas de estímulo à economia. Além disso, perdeu em relação a moedas de países como o México e e também frente a uma cesta de moedas.
Com a queda acentuada no dólar, o BC brasileiro voltou a dar as caras, depois de ficar quatro sessões quieto. Desde a semana passada, a autoridade monetária já havia desacelerado o ritmo, fazendo menos intervenções do que no período anterior, que antecedeu a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Agora, o Senado cuida do assunto.
Neste pregão, o BC realizou quatro leilões de swaps cambiais reversos, equivalente à compra futura de dólares, vendendo 32,6 mil contratos, equivalente a US$ 1,630 bilhão e que serviram para reduzir ainda mais o estoque de swaps cambiais tradicionais --correspondentes à venda futura de dólares.
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