O autorretrato faz parte da rotina de muita gente por aí – a estimativa é que mais de um bilhão de selfies sejam publicados diariamente em diferentes redes sociais. O ato não é nada novo. A primeira selfie da história, ao que tudo indica, é do fotógrafo Robert Cornelius, que em 1839 (isso, 178 anos atrás) resolveu virar a câmera para si mesmo e tirar uma foto. Mas desde o surgimento do primeiro celular com câmera frontal, o fenômeno se multiplicou; cresceu exponencialmente. Em 2013, o termo “selfie” entrou para o dicionário e virou febre mundial.
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Ninguém fica de fora, de macacos a líderes mundiais; até o Papa e o ex-presidente Barack Obama entraram na onda. Há quem diga que existe muito mais do que um autorretrato por trás de uma selfie: egocentrismo, narcisismo, necessidade de chamar atenção, autoafirmação...
A mania de selfies (ou até certa obsessão por elas) pode, sim, refletir traços da personalidade e até da condição de uma pessoa que busca autoafirmação. Principalmente se a autoestima dela estiver – de alguma forma – diretamente ligada à quantidade de curtidas que suas selfies alcançam nas redes sociais.
O problema está no excesso. De uma forma ou outra, todos nós buscamos aprovação. Mas não é legal ninguém depender exclusivamente de ”likes” e boas selfies para se sentir bem consigo mesmo.
Se a previsão de Mark Zuckerberg estiver errada e os smartphones não forem substituídos por óculos de realidade aumentada em um futuro próximo, a selfie vai continuar fazendo parte do dia a dia de crianças, jovens e adultos. É natural. Tão natural que recentemente, a prestigiosa Saatchi Gallery, de Londres, inaugurou uma exposição que inclui desde pinturas de artistas renomados como Van Gogh até uma foto de um macaco sorridente: tudo selfie. Para o diretor da galeria, goste você ou não, o selfie é a forma mais expansionista de autoexpressão visual e o mundo da arte não poderia ignorá-la. Já tirou a sua hoje?
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