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A peregrinação da vereadora Teca Nelma em busca de um partido é bem um exemplo do absurdo que é a exigência de alguém ter ter filiação partidária para concorrer a cargo eletivo aqui no Brasil.
Não bastasse a “ditadura do judiciário”, onde prevalece a vontade de quem tem o poder da caneta para fazer valer a sua vontade, mesmo ao arrepio da lei, temos também a “ditadura partidária”.
Para postular alguma candidatura, a pessoa tem de se filiar a alguma legenda e se sujeitar às imposições de quem tem o controle da sigla, sem direito a esperneio.
O presidente de um partido é quem decide quem se filia, com quem se coligar, a quem apoiar, as condiçõe$ para compartilhar horário eleitoral…
No caso de Teca Nelma, especificamente, a dificuldade para conseguir filiação ao PT se deve ao protagonismo que tem alcançado no desempenho do mandato de vereadora em Maceió, com postura de independência inclusive contrariando interesses da maioria do(a)s colegas de Câmara.
Fica claro cada vez mais, por conta dessas questões, a necessidade de se estabelecer candidaturas avulsas no Brasil – quem pretender concorrer que se encaminhe a um cartório eleitoral, dê seu nome e vá em busca de votos.
Há ainda outra vantagem: sem necessidade de filiação partidária, seriam eleitos realmente os mais votados, inclusive nas eleições proporcionais (para cargos legislativos), sem baboseiras como quociente eleitoral.
Por exemplo, se a Câmara Municipal de Maceió tem 27 vagas, os 27 mais votados seriam os eleitos.
Prevaleceria, realmente, a vontade do eleitor, ao contrário de hoje em dia, em que um candidato bem votado se elege e leva a reboque outros de votação inexpressiva.
Como sonhar não custa nada, fica a ideia de algum dia termos candidaturas avulsas no Brasil.
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