Esta quarta-feira (10) vem sendo considerado pelo mercado como um dia decisivo no Senado Federal para a CPI da Braskem, empresa investigada pela tragédia que culminou no afundamento de cinco bairros de Maceió, porque vai ser tomado o depoimento de Marcelo Arantes de Carvalho, seu Diretor Global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa.
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Segundo divulgou a revista “Veja”, a estratégia de defesa da Braskem foi traçada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho – figura muito próxima do presidente Lula e do PT – e David Rechulski, e será “colaborativa”.
Marcelo Arantes, de acordo com a informação, “vai tentar convencer os senadores de que a mineradora tomou todas as medidas necessárias para mitigar um desastre social e econômico ainda maior”.
O depoimento do dirigente da Braskem, cujos maiores acionistas são a Novonor (antiga Odebrecht) e a Petrobras, será acompanhado atentamente pelo mercado financeiro, até porque o governo federal sempre foi contra a criação da CPI, instalada graças à pressão do senador Renan Calheiros (MDB/AL), que preferiu sair da comissão por não ter sido indicado para a função de relator.
O economista alagoano Elias Fragoso, professor aposentado da Ufal e coordenador de um livro sobre a tragédia ambiental causada pela Braskem, é um dos que consideram Marcelo Arantes um dos dirigentes da mineradora menos qualificados tecnicamente para prestar informações à CPI.
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