O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) derrotou o colega Hugo Motta (PMDB-PB) por 37 votos a 30, nesta quarta-feira (17), e foi reconduzido à liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. Dois deputados votaram em branco e outros dois não compareceram para votar.
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A vitória de Picciani representa mais uma derrota ao presidente da casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tentava emplacar o deputado Hugo Motta (PMDB-PB).
Ao mesmo tempo, representa uma vitória para a presidente Dilma Rousseff, uma vez que Picciani é aliado do Palácio do Planalto.
Mais cedo nesta quarta, Eduardo Cunha havia sofrido outro revés, quando o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos de Araújo (PSD-BA), anunciou que o órgão entraria com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha.
Maranhão havia obrigado o Conselho a retroceder na análise do processo de afastamento do presidente da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
Cunha é acusado de mentir em comissão da Casa, quando negou que tinha contas na Suíça, posteriormente descobertas.
A disputa entre os candidatos de Dilma e de Cunha estava tão acirrada que a bancada do PMDB ganhou quatro reforços, incluindo do ministro da Saúde, Marcelo Castro, exonerado na manhã de hoje para poder reassumir seu mandato de deputado e votar no candidato do Planalto, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), na eleição da liderança do partido.
Além dele, dois secretários do governo Pezão, eleitores de Picciani, foram exonerados para poder votar: Marco Antônio Cabral, secretário de Esportes, e Pedro Paulo, secretário de Coordenação de Governo do Rio de Janeiro. Um quarto deputado passou a integrar a bancada, desta vez de forma definitiva.
Uma decisão de Michel Temer aprovou a posse de Átila Nunes (RJ), que havia sido barrada por Eduardo Cunha por ele exercer o mandato de vereador no Rio.
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