Já foi dito aqui, e convém reafirmar, que nas eleições deste ano os prefeitos candidatos à reeleição ou os candidatos por eles apoiados (no caso da impossibilidade de o gestor disputar um terceiro mandato) são, na sua quase totalidade, favoritos.
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Alguns fatores explicam isso, como a força do exercício do mandato, principalmente de uns tempos para cá, em que programas sociais executados pelas prefeituras, alguns até bancados por recursos federais, dá visibilidade enorme aos gestores.
Neste ano, por exemplo, quase todos os municípios se aproveitaram de um permissivo legal e criaram “cooperativas”, através das quais os prefeitos distribuem recursos mensais, até a pessoas físicas, sem necessidade de contrapartida – ou seja, não precisa trabalhar.
Isso está fazendo muita diferença na atual campanha, pois é um meio de garantir o voto dos beneficiados – e são milhares deles em cada cidade.
Convencionou-se dizer que na política o ocupante de cargo executivo (prefeito, governador e presidente da República) já entra numa eleição com um mínimo de 30% dos votos garantidos para ele ou para quem ele apoiar à sucessão.
Com as “cooperativas” e outros meios atuais de captação de votos através de favores ao cidadão/eleitor tirar alguém do poder se tornou missão bastante difícil – senão, impossível.
Hoje em dia é preciso ser um péssimo gestor para perder eleição.
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