O perito criminal José Fernando da Silva do Instituto de Criminalística (IC) de Alagoas concluiu o laudo do acidente de trânsito ocorrido em São Miguel dos Campos onde morreu o médico Jonatha de Oliveira Lopes que trabalhava no Hospital Geral do Estado (HGE). O laudo pericial aponta que a caçamba envolvida no acidente invadiu a contramão e provocou a colisão.
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O fato aconteceu na noite de 08 de junho, no km 131 da rodovia BR-101 em São Miguel dos Campos, envolvendo três veículos, uma carreta, o caminhão caçamba e o carro de passeio conduzido pelo médico, única vítima que morreu. Logo após o acidente, por volta das 20h45, a equipe do IC, com o perito Fernando, foi até o local.
Em depoimento e entrevistas à imprensa, os motoristas sobreviventes afirmaram que Jonatha Lopes seria o único responsável pelo acidente. Segundo eles, após uma tentativa de ultrapassagem mal sucedida em uma curva, o médico teria colidido de frente com o caminhão caçamba, que colidiu em seguida com a carreta.
Durante o levantamento técnico-pericial no local, o perito constatou fragmentos de peças, manchas de óleo espalhadas na via, marcas de arrastamento e ausência de avarias. Também foram analisadas as marcas de pneus, as ranhuras na via e na faixa de rolamento, e um disco para registro instantâneo inalterável de velocidade e tempo (disco de tacógrafo).
Vídeo mostra os momentos após o acidente:
Diante desses elementos, o perito Fernando Silva conseguiu identificar a dinâmica do acidente, e concluiu que no local houve duas ocorrências classificadas como colisão. Na primeira, o caminhão caçamba trafegava na rodovia quando desviou para a esquerda invadindo a mão de direção do veículo de passeio, colidindo e o arrastando para margem direita da via, o que resultou na morte do médico.
No segundo choque, a carreta, que vinha logo atrás carro, colidiu contra a caçamba, arrastando-o por mais de vinte metros, até alcançarem suas posições finais. Ou seja, a causa determinante do evento foi a invasão da contramão pelo condutor da caçamba, por motivo que não foi possível precisar.
O laudo que também foi assinado pelos peritos Nivaldo Cantuária e Clisney Omena é composto por 26 páginas escritas e ilustradas por trinta figuras e dois croquis. O documento foi encaminhado para o delegado Nilson Alcântara, titular do 74º Distrito Policial de São Miguel dos Campos, responsável pela investigação.
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