Dezenas de mulheres procuram a polícia para denunciar irmãs por suposto golpe em Maceió

Publicado em 02/06/2022, às 12h07
Reprodução/TV Pajuçara
Reprodução/TV Pajuçara

Por TNH1 com TV Pajuçara

Dezenas de mulheres procuraram a Polícia Civil, nesta quinta-feira, 02, para denunciar um golpe que teria sido praticado por duas irmãs que organizaram um evento de estética, de alongamento de cílios, no município de Maceió. De acordo com as supostas vítimas, as parentes teriam projetado o curso e colocado ingressos à venda nos valores de R$ 600 a R$ 3 mil. Com o início do evento marcado para hoje, as duas suspeitas teriam comunicado a uma das participantes que não estariam na capital alagoana e, até o momento, o dinheiro investido não foi devolvido para o grupo de alunas.

A empreendedora Géssica Jordão, que participou da divulgação do curso, contou para a reportagem do programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, que as suspeitas alegaram que o estado está em situação crítica devido às chuvas e que não compareceriam ao evento. Porém, além de não marcarem presença, as irmãs não teriam honrado com os compromissos e não disponibilizaram o local para o público que pagou pelo ingresso.

"Fui convidada em fevereiro para ser embaixadora do evento, para divulgar, fazer lives e fazer o uso da minha imagem. Coloquei a minha carreira em risco, coloquei minhas alunas para estarem no evento, estou lidando com sonhos. Da mesma forma que fui enganada, mulheres de todo o país foram", começou Géssica.

"Não se adia, entre aspas, o evento com 60 horas antes. Já tinham quatro palestrantes em solo alagoano. Acabamos de fazer a contagem, cerca de 70% das pessoas vieram de fora, pagaram passagem e ingresso. Tenho meninas do Sul, de Goiânia, de Fortaleza, de Minas Gerais, e até boliviana. Infelizmente todas caíram nessa situação", continuou a vítima.

Segundo Géssica, as participantes ainda tentaram dialogar com as organizadoras para o que o evento fosse realizado no hotel antes divulgado na programação, porém as irmãs não quiseram arcar com os custos. 

"Recebemos a notícia na última segunda, às 13h. Depois disso, fomos ao hotel e verificamos que o coffee break não havia sido pago. Nós queríamos que pelo menos ela cedesse a locação do hotel para a gente se reunir, mas não teve acordo, ela não cedeu. E aí corremos atrás de um lugar e conseguimos através do nosso conhecimento. A gente não custeou nenhum real, foi tudo dado de graça", disse.

"Ela disse que Maceió e Alagoas estavam em calamidade pública devido às chuvas. Só que um hotel luxuoso na Ponta Verde, com auditório maravilhoso, não estava de forma alguma. Como assim? Cancelar de uma hora para outra. Como é cancela passagem e hospedagem em 48 horas? A gente vendeu a cidade de Maceió, as meninas vieram dias antes ainda para aproveitar a cidade", destacou Géssica.

A vendedora Camila Vitor também conversou com a reportagem e explicou que patrocinou o evento de estética, ficando assim no prejuízo. "É muito triste o que aconteceu. Ela me achou e pediu uma quantidade de brindes. Foram 350, entre espelhos, copos, necessaire... Eu percebi ela muito aperreada na última sexta-feira, e eu disse que tudo estava pronto, todos os brindes prontos. Eu estou arrasada, sou nova no mercado, e o meu objetivo maior era que todas as meninas conhecessem um pouco de uma nordestina que pretende abrir um empreendimento de brindes personalizados", contou.

A Polícia Civil deve colher os depoimentos das possíveis vítimas para iniciar as investigações do suposto golpe. A reportagem não conseguiu contato com as denunciadas, mas deixa o espaço aberto para a defesa delas.

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