Eles foram forçados a abandonar suas casas em razões de guerras ou perseguições políticas. Nem por isso deixaram de lado o amor ao esporte e agora, pela primeira vez, estão nos Jogos Olímpicos. A Rio 2016 conta com dez refugiados que representam 65 milhões de pessoas em todo o mundo.
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Diante da crescente questão dos refugiados, o Comitê Olímpico Internacional verdadeiramente deu abrigo esportivo a esses atletas. A importância é tanta que eles serão apresentados ao mundo na Cerimônia de Abertura, em 5 de agosto, no Maracanã.
Ex-corredora olímpica, tendo participado de três edições dos Jogos, Tegla Loroupe sabe exatamente o valor da cometição e tenta traduzir em palavras a oportunidade que lhes foi dada. A queniana é chefe da missão dos time de refugiados.
“Já fui atleta e me sinto correndo com eles. Está é uma equipe muito especial e estamos prontos para o desafio de participar das Olimpíadas. Esses atletas carregam o espírito de humanidade e a alma olímpica está com eles”, disse
O número alarmante de refugiados em 2015 é da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Segundo o órgão, 3,2 milhões de refugiados encontravam-se em países industrializados aguardando solicitações de refúgio. De acordo com o documento Tendências Globais, Turquia, Paquistão, Líbano e Alemanha estão à frente no ranking de países que mais acolheram refugiados.
Para se ter uma ideia da representatividade dos dez refugiados na Rio 2016, a França tem por volta dos mesmos 65 milhões de habitantes e contam com 396 atletas, para mais uma vez garantir uma vaga no top-10 do quadro de medalhas.
As chances de medalha são inexistentes para competições de alto padrão como os Jogos Olímpicos, mas isso não tem significado para os representantes. O nadador sírio Rami Anis, que vai participar dos 100 metros livre e borboleta, espera evoluir ainda mais no esporte.
“Fico triste por não poder participar como sírio, mas estamos representando milhões de pessoas. Espero que em Tóquio, em 2020, as Olimpíadas não necessitem mais de um time de refugiados”, disse Anis.
Além de dois sírios, o time de refugiados ainda conta com cinco competidores do Sudão do Sul, dois do Congo e um da etiópia. As modalidades que eles praticam são atletismo, judô e natação.
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