Desespero: animais são arrastados por correnteza de rio em Viçosa

Publicado em 25/05/2022, às 11h07
Os animais estavam às margens do Rio Paraíba | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Os animais estavam às margens do Rio Paraíba | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por TNH1

Imagens que circulam nas redes sociais mostram animais sendo arrastados pela correnteza do Rio Paraíba em decorrência das fortes chuvas que atingiram o município de Viçosa, na manhã desta quarta-feira (25), na Zona da Mata de Alagoas. A reportagem do TNH1 esteve em contato com representantes da prefeitura do município, que informaram que os animais estavam às margens do rio quando foram arrastados pela força d'água.

Veja o momento em que as vacas são levadas pela correnteza:

Em entrevista ao TNH1, Aprígio Átilia, assessor de comunicação do município de Viçosa, disse que o Rio Paraíba apresentou um grande volume d'água nas últimas 24h . "O rio está com uma correnteza muito grande. Isso acontece quando há fortes chuvas nas regiões por onde o rio passa. Tive acesso aos vídeos que circulam nas redes sociais e, realmente, as imagens são do Rio Paraíba", disse.

O assessor ainda relembrou a tragédia das fortes chuvas que aconteceram em 2010 e fez um alerta à população que mora às margens do rio. " Emitimos um alerta para os moradores ribeirinhos. É necessário um estado de atenção ainda maior nos próximos dias, pois a previsão é de mais chuvas. Pedimos que a população da cidade evite sair de casa. E aos ribeirinhos, pedimos que procurem locais seguros para se abrigarem. Em 2010, fomos atingidos por um período de bastante chuvas e, a partir disso, vamos evitar que o mesmo aconteça", disse.

Defesa Civil de Alagoas alerta para fortes chuvas nas próximas 12 horas -  Equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAL) e da Defesa Civil de Alagoas permanecem em alerta por causa das fortes chuvas que caem em todo o estado. As ações conjuntas com demais órgãos de segurança e prevenção foram iniciadas desde o último fim de semana e foram reforçadas entre a noite dessa terça-feira (24) e manhã desta quarta (25), principalmente nos pontos mais críticos, onde o volume de água que caiu foi maior.

O coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Moisés Melo, afirmou que o órgão está em alerta, já que a previsão é que continue chovendo. “Estamos monitorando constantemente, pois praticamente 95% dos municípios alagoanos estão em atenção. Deve chover em todo o estado e pode haver transbordos de rios e mais prejuízos causados pelas fortes chuvas”, disse.

Algumas ocorrências já foram registradas durante os trabalhos. Em Rio Largo, o Corpo de Bombeiros Militar resgatou 40 pessoas que ficaram ilhadas por causa da inundação. Entre as pessoas retiradas, estava uma idosa acamada de 73 anos. No interior da residência, o nível da água chegou a um metro e meio de altura. Após o resgate, a senhora recebeu atendimentos médicos por uma equipe da Prefeitura municipal.

Na cidade de Penedo, os bombeiros militares resgataram seis pessoas que ficam sob os escombros de uma casa que desabou no bairro Mar Vermelho. Alagamentos também foram registrados no município do Baixo São Francisco e em outras cidades do estado. Em Jacuípe, por exemplo, algumas ruas ficaram alagadas após o nível do Rio Jacuípe subir. Nas proximidades de uma das entradas da cidade o rio também transbordou.

O nível dos rios Mundaú, Paraíba e Porangaba também preocupa. Este último já atingiu a pista de acesso ao povoado que tem o mesmo nome. De acordo com o alerta hidrológico emitido pela Sala de Alerta da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), o nível do Rio Mundaú está em elevação e poderá transpor a sua calha principal, impactando os municípios de União dos Palmares, Branquinha, Murici e Rio Largo durante esta quarta.

Alagamentos e deslizamentos de barreiras também foram registrados em Maceió. Algumas das principais avenidas da Capital ficaram cheias de água por causa das chuvas. Ainda segundo a Semarh, as chuvas intensas acompanhadas de ventos devem se estender até quinta-feira (26) nas regiões do Agreste, Baixo São Francisco, Litoral e Zona da Mata.

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