Desemprego em regiões metropolitanas sobe e atinge 2 milhões de pessoas

Publicado em 23/03/2016, às 11h03

Por Redação

O desemprego em seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi estimado em 8,2% em fevereiro, uma alta de 0,6 ponto percentual frente ao mês anterior. Em relação a fevereiro de 2015, a taxa subiu 2,4 pontos percentuais (passando de 5,8% para 8,2%) no período de um ano.

Com isso, a população desocupada atingiu 2 milhões de pessoas, crescimento de 7,2% em relação a janeiro e um acréscimo de 136 mil pessoas. Em relação a fevereiro de 2015, o quadro foi de elevação (39%, mais 565 mil pessoas).

Já a população ocupada foi estimada em 22,6 milhões para o conjunto das seis regiões, apresentando declínio tanto na comparação mensal (-1,9%, ou menos 428 mil pessoas) quanto em relação a fevereiro de 2015 (-3,6%, ou menos 842 mil pessoas).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,4 milhões) não variou na comparação mensal. Frente a fevereiro do ano passado, houve redução de 488 mil pessoas com carteira assinada no setor privado (-4,1%).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.227,50. Este resultado ficou 1,5% menor do que o estimado em janeiro (2.262,51) e 7,5% abaixo do apurado em fevereiro de 2015 (R$ 2.407,53).

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em 50,8 bilhões em fevereiro de 2016 e ficou 3,4% abaixo da estimada no mês anterior.

Na comparação anual esta estimativa recuou 11,2%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 51,3 bilhões), estimada em janeiro de 2016, caiu (-21,5% no mês e -11,4% no ano).

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Região

Regionalmente a taxa de desocupação subiu na Região Metropolitana de São Paulo (de 8,1% para 9,3%) e ficou estável nas demais regiões na comparação com janeiro de 2016. Frente a fevereiro de 2015, houve crescimento da taxa em todas as regiões.

Em Recife, foi de 7,0% para 10,4% (3,4 pp); em São Paulo, de 6,1% para 9,3% (3,2 pp); em Belo Horizonte, de 4,9% para 7,2% (2,3 pp); em Salvador, a taxa passou de 10,8% para 12,6% (1,8 pp); em Porto Alegre, de 4,7% para 6,4% (1,7 pp) e no Rio de Janeiro, de 4,2% para 5,2% (1,0 pp).

Na análise regional, o contingente de desocupados, frente a janeiro, apresentou elevação estatisticamente significativa na Região Metropolitana de São Paulo (13,5%) e não variou nas demais regiões. No confronto com fevereiro de 2015, a desocupação ficou estável em Salvador e aumentou nas demais regiões, tendo a maior elevação ocorrido em São Paulo (52,7%) e a menor, no Rio de Janeiro (22,1%).

Regionalmente, na comparação mensal, foi registrada estabilidade no nível da ocupação em Salvador e Recife. Em Porto Alegre (-1,2 pp), São Paulo (-1,0 pp), Belo Horizonte (-0,9 pp) e Rio de Janeiro (-0,9 pp) o quadro foi de queda. Frente a fevereiro do ano passado, houve retração em todas elas, com destaque para Belo Horizonte onde o indicador diminuiu 4,2 pontos percentuais.

Rendimento médio cai em três regiões metropolitanas na comparação com janeiro

Regionalmente, em relação a janeiro de 2016, o rendimento apresentou retração em Recife (-4,6%), São Paulo (-2,9%) e Rio de Janeiro (-0,6%). Houve alta em Belo Horizonte (2,5%) e Salvador (0,6%) e não variou em Porto Alegre. Frente a fevereiro de 2015, o quadro foi de queda em todas as regiões, sendo a maior delas em Salvador (-12,5%) e a menor em Porto Alegre (-5,3%).

Na classificação por grupamentos de atividade, para o total das seis regiões, a maior queda em relação a janeiro no rendimento médio real habitualmente recebido foi na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-4,2%). Na comparação com fevereiro de 2015, a maior retração foi na construção (-12,8%).

Já na classificação por categorias de posição na ocupação, a maior queda no rendimento médio real habitualmente recebido, na comparação com janeiro, deu-se entre as pessoas que trabalhavam por conta própria (-3,7%) e houve aumento de 1,2% entre os empregados sem carteira no setor privado. Em relação a fevereiro de 2015, houve queda em todas as categorias, sendo a maior entre os empregados com carteira no setor privado (-6,4%).

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