Contextualizando

Desafios da candidatura de Rafael Brito à Prefeitura de Maceió incluem a quebra de um tabu de quase 40 anos

Em 18 de Junho de 2024 às 09:47

Parece que finalmente o deputado federal Rafael Brito (MDB) decidiu tentar se firmar como principal oposicionista aos planos de reeleição do prefeito João Henrique Caldas (PL).

É o que indicam as críticas em suas redes sociais contra o atual gestor municipal num vídeo em que lança um questionamento ao lema da prefeitura – à expressão “Maceió é massa”, Brito se contrapõe num vídeo: “Maceió tá massa para quem?”.

O conteúdo é recheado de afirmações contrárias ao que JHC apregoa, que incluem Caso Braskem, mobilidade urbana, infraestrutura, gastos de R$ 8 milhões com a escola de samba carioca Beija Flor de Nilópolis, questões nas áreas de Educação e Saúde, etc…

Em resumo, o deputado compara as ações do prefeito a “fake news”:

“Nos últimos quatro anos, vivemos dentro de uma fake news gigante. Tentaram nos vender uma mentira, numa Maceió onde tudo está às mil maravilhas. Mas a verdade é bem diferente do Instagram da prefeitura. A verdade é que a educação de Maceió piorou. Isso é um dado oficial. A verdade é que o trânsito travou de vez. A verdade é que a prefeitura recebeu R$ 1.7 bilhão da Braskem e nunca deu nenhum centavo para ajudar as vítimas”.

A outra jogada de Rafael Brito na atual fase de pré-campanha é a contratação do marqueteiro baiano Fabiano Ribeiro, que chega credenciado por bons trabalhos realizados em terras caetés em eleições recentes.

O inusitado, para Brito, é que seu MDB possui a maior estrutura partidária de Alagoas – 70 prefeitos, a maioria da Assembleia Legislativa, o presidente da ALE, o governador do Estado e dois senadores – mas ele não conseguiu aliança com nenhuma outra legenda.

Seu sonho de consumo é ter um vice do PT, que tem no ex-vereador Ricardo Barbosa seu pré-candidato – inclusive com uma vice já anunciada -, além da postura contrária a essa ideia do deputado federal Paulão, principal expressão politica dos petistas em Alagoas.

Além do mais, Rafael Brito encara outra questão negativa: o último prefeito de Maceió eleito pelo MDB foi Djalma Falcão, no longínquo ano de 1985 – de lá para cá todos os apoiados por Renan Calheiros, maior liderança da legenda no Estado, foram derrotados.

Superar esse tabu é o maior desafio de Rafael Brito – além, evidentemente, de deixar a incômoda posição que lhe conferem as pesquisas, firmar seu nome como principal candidato da oposição e ter de superar o favoritismo de João Henrique Caldas.

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