A adolescente de 13 anos que foi apreendida nesta terça-feira, 5, em Maceió, por suspeita de participação na morte da própria mãe, a garçonete identificada como Flávia dos Santos Carneiro, teria se passado pela vítima e conversado com familiares, amigos e companheiros de trabalho dela, com o celular da mãe. As informações foram confirmadas à reportagem da TV Pajuçara pelo delegado Thiago Prado, que está à frente das investigações.
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"Durante depoimento à polícia, a adolescente mostrou muita frieza ao narrar o crime. Ao ser questionada sobre a falta da mãe no dia a dia de outras pessoas, ela disse que estava usando o celular da Flávia para se comunicar com familiares. Ela também teria informado ao trabalho da mãe que Flávia estava de atestado médico e não poderia comparecer ao trabalho. Isso mostra que ela concordou com todo o prosseguimento do crime", explicou o delegado.
Ainda durante depoimento, a adolescente disse que a mãe foi empurrada, caiu ao chão e, em seguida, teria sido golpeada várias vezes com uma faca. Porém, a polícia contestou a versão da filha da vítima e acredita que a mulher foi dominada por uma pessoa antes de ser brutalmente esfaqueada.
"A adolescente narrou toda a participação dela no crime. Ela disse que a motivação foi pelo fato de a mãe não aceitar o relacionamento dela com o namorado. Ela ainda conta que o namorado não trabalhava e era usuário de drogas. Esses motivos teriam levado a mãe a discutir com o casal. A adolescente ainda conta que a mãe foi empurrada e caiu ao chão, momento em que foi golpeada a facadas. Mas, pelas lesões encontradas no corpo de Flávia, a maioria na parte de trás do pescoço, acreditamos que alguém segurou a vítima e fez uma contenção para que outra pessoa desferisse os golpes. A adolescente ainda disse que os golpes de faca foram dados pelo namorado", completou o delegado.
O delegado também informou que o pai do namorado da adolescente teria ajudo o casal a ocultar o cadáver. O corpo de Ana Flávia teria sido enrolado em um lençol, amarrado, colocado dentro de uma geladeira e desovado na região de Guaxuma, no Litoral Norte da capital alagoana.
O que se sabe sobre o crime
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