Defesa de militar que matou padeiro em Cruz das Almas vai recorrer de afastamento

Publicado em 03/10/2019, às 10h03
Reprodução Vídeo
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Por Redação do TNH1 com TV Pajuçara

A defesa do cabo Clevison de Almeida Teixeira vai recorrer da decisão da 7ª Vara Criminal de Maceió, que afastou o militar das funções, suspendeu o porte de arma dele e o proibiu de exercer a função de segurança privado. Clevison é autor do disparo que matou o padeiro Marcos Firmino dos Santos, após um assalto em frente a uma loja em Cruz das Almas, na Capital.

Para o advogado que responde pela defesa do militar, Napoleão Júnior, o militar não deve seguir afastado. “Nós iremos recorrer tanto ao juízo que proferiu a decisão, quanto ao Tribunal de Justiça, pleiteando o deferimento para cassar a decisão de 1º grau”, afimou.

A defesa acredita também que a decisão é extrema devido à função ocupada pelo seu cliente, que é militar há 13 anos. “Ele é policial militar, tem o porte legal pelo exercício da função, e nós entendemos que retirar o porte de arma de fogo e afastá-lo da função pública não seria coerente”, pontuou. Ele defende que a medida coloca em risco a integridade do suspeito.

Dia do crime

O advogado relatou que Clevison de Almeida alegou estar trabalhando como segurança em uma loja no bairro quando atirou. Ele diz ainda que, pelo exercício da função, mesmo estando trabalhando como segurança do local, teria a obrigação de agir. “Mesmo à paisana e na folga, ele tinha a obrigação legal de agir. Então, naquele momento, para cercear aquela conduta e reprimir aquela ação e resguardar a vida de terceiros, ele se viu obrigado a disparar”, argumenta.

Sobre o exercício irregular da função de segurança, a defesa do militar ressaltou que ele não estava cometendo crimes. “Nós não podemos desconhecer, de forma nenhuma, que o bico é proibido. Mas é preciso deixar bem claro que ele não estava traficando, não saiu para praticar crime. A gente sabe que o salário do militar é baixo, que ele estava tentando complementar sua renda e que não poderia se omitir sob pena de responder por prevaricação”, concluiu.

Veja a entrevista completa:

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