A defesa de José Gilbenes dos Santos Galvão, o homem que atacou a ex-companheira e a ex-cunhada com ácido em Marechal Deodoro, em fevereiro deste ano, vai entrar com um recurso contra a condenação do reú, após entender que o resultado da sentença não está de acordo com a legalidade.
José Gilbenes foi condenado nessa quarta-feira, 20, a seis anos e oito meses de reclusão. A decisão foi do juiz Alysson Amorim, da 1ª Vara da Comarca, que acredita que o acusado cometeu o crime de forma premeditada e por isso providenciou antecipadamente a obtenção da substância.
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O advogado Yuri Medeiros conversou com a reportagem do TNH1 nesta quinta, 21, e informou que o regime imposto e a quantidade da pena da sentença causaram prejuízo ao seu cliente. Ainda segundo ele, o magistrado não levou em consideração a atenuante da confissão e não foi estipulado pelo juiz o cumprimento da pena em regime semiaberto.
"Alguns pontos da sentença condenatória não deixaram a defesa satisfeita. O juiz ratificou a prisão preventiva e o meu cliente já está preso há nove meses. Por ele ter confessado, a lei estabelece que a pena teria que ser diminuída. E o cumprimento da pena foi estipulado em regime fechado. Nada foi levado em consideração", afirmou Medeiros.
O advogado também destacou que José Gilbenes se apresentou à polícia no mesmo mês do ataque contra Erivânia Vicente dos Santos e Erineide Vicente dos Santos, e desde então segue recluso no Sistema Prisional de Alagoas.
“Ele vem de família humilde, a mãe é deficiente visual, então todos estão sofrendo. Ele tem que pagar pelo erro que cometeu, mas acabou prejudicado com essa decisão. Ele se entregou para ter a antecipação da pena também”, finalizou.
A defesa tem o prazo legal de cinco dias para apresentar o recurso na Justiça.
O caso
Erivânia estava em uma loja comprando roupas para curtir as prévias carnavalescas em Marechal, quando José Gilbenes invadiu o local com um recipiente e derramou ácido sobre a cabeça da ex-mulher, atingindo também Erineide, irmã da vítima. O caso aconteceu no Povoado Pedras.
De acordo com informações de testemunhas repassadas para a polícia, Gilbenes teria deixado claro que estava se vingando da ex-companheira por não aceitar o término do relacionamento.
Erivânia sofreu queimaduras de 1º e 2º graus na face, couro cabeludo e dorso. Já Erineide teve queimaduras de primeiro e segundo graus na face e punho.
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