Com o afundamento do solo e o risco iminente de colapso, a água da Lagoa Mundaú avançou e já cobre algumas rachaduras na região da mina 18 no Mutange, próxima ao antigo Centro de Treinamento do CSA. A informação foi repassada pelo coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Melo, em entrevista à TV Pajuçara. Desde o início da semana, a área sofre com essa possibilidade por conta da extração de sal-gema, feita pela Braskem. Entenda o que está acontecendo no solo de Maceió.
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O órgão estadual também está em alerta e realiza o monitoramento com fotos do local, em média, três vezes por dia, sempre com foco no poço, o qual uma parte está dentro da lagoa e outra, até então, fora. As imagens abaixo, que mostram o estreitamento visível, foram registradas na manhã deste domingo, 03, por volta das 7h30.
Segundo o coronel Moisés, o dolineamento chega à superfície em forma de cone. Mesmo com um ritmo mais lento, cerca de 0,7 cm por hora atualmente, o afundamento continua avançando. “Isso pode ser que a situação esteja se acomodando. Se houver ruptura brusca, a água da lagoa vai preencher toda a caverna”.
Moisés ainda disse que, provavelmente, o desastre deve ter proporções menores do que o que foi inicialmente especulado. “Não temos previsão de hora, mas o local é pontual, é na lagoa. Não vai atingir a cidade, não vai ter terremoto, não vai ter tsunami”, finalizou.
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Até o fechamento desta matéria, as atualizações mais recentes sobre a mina 18 davam conta de que o afundamento do solo chegou a 1,69m, com a velocidade se mantendo estável a 0,7 cm por hora. O movimento nas últimas 24h foi de 10,8 cm.