Defensoria Pública entra com ação para liberação do corpo de Anna Cecillya para sepultamento

Publicado em 28/01/2025, às 11h26
Familiares se preocupam em não conseguir realizar um sepultamento digno para a criança, segundo a Defensoria - Foto: Reprodução
Familiares se preocupam em não conseguir realizar um sepultamento digno para a criança, segundo a Defensoria - Foto: Reprodução

Por Redação com assessoria

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) ingressou com uma ação judicial solicitando a liberação do corpo da menina Anna Cecillya dos Santos Silva, 09 anos, vítima de estupro, espancamento e homicídio no município de Branquinha, interior de Alagoas.

A ação foi protocolada na noite dessa terça-feira, 27, e é acompanhada pelos defensores públicos Thiago Garcia e João Sinhorin.

Na petição, os defensores públicos argumentam que, devido à impossibilidade de identificação por meio do RG ou ficha odontológica, foi realizado um exame de DNA para a correta identificação do corpo da criança. No entanto, não há previsão para o resultado desse exame, o que preocupa a família quanto à possibilidade de aguardar meses para a identificação e, assim, não conseguir realizar um sepultamento digno.

Segundo os defensores, a família possui todos os documentos necessários para a identificação da vítima e comprovação do parentesco, conforme requerido pela legislação vigente. Eles destacam, ainda, que o direito constitucional à liberdade de consciência e crença, incluindo o livre exercício de cultos religiosos, garante o direito ao sepultamento.

Anna Cecillya foi encontrada morta no último domingo em uma área de mata, no município de Branquinha, após desaparecer na terça-feira, 21, quando saiu de casa para brincar. A família iniciou buscas imediatamente e registrou um boletim de ocorrência. Dois suspeitos de envolvimento no crime foram detidos ontem.

Conforme revelou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Anna Cecillya foi morta pelo namorado da tia e por um vizinho, um menor de 17 anos. Antes disso, ambos estupraram a menina que foi "morta covardemente e com requintes de crueldade", como frisou o delegado Mário Jorge Barros, que atuou na investigação.

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