Num formato dramático-musical, o espetáculo é uma celebração e convida o público para um passeio pela vida, pelos bastidores e pela música de Dorival Caymmi, um dos mais importantes cantores e compositores da história da nossa música. Como Caymmi nasceu em 1914 e morreu em 2008, quase um século de histórias são contadas, o que torna a apresentação num grande panorama da música brasileira no século XX. Como dizia Tom Jobim: “Caymmi é um dos gênios da raça”. O espetáculo usa as ferramentas do teatro, transcendendo as barreiras de um show.
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As pessoas conhecem as músicas de Caymmi, pois são muitos e muitos sucessos, influenciando e sendo referência para várias gerações de artistas. Mas as pessoas conhecem pouco as suas histórias, como as coisas aconteceram. Como foi começar em Salvador, como foi chegar no Rio de Janeiro, as amizades e parcerias que criou durante sua vida. O marido, o pai, o amigo, o músico, o artista multifacetado, sua forma única de olhar a vida e as pessoas, sua permanente fonte de inspiração.
O espetáculo tem sua base estruturada no storytelling, palavra em inglês que está relacionada com uma narrativa e significa a capacidade de contar uma história, especialidade do ator Nilson Raman, que nos últimos vinte anos foi idealizador e Mestre de Cerimônias dos espetáculos da atriz Bibi Ferreira, já tendo contado as histórias de Piaf, Amália, Gardel e Sinatra, ao lado da grande diva.
A direção musical é do músico Flávio Mendes, parceiro de muitos anos de Danilo, como arranjador e músico, assim como parceiro do Raman, tendo sido o maestro e diretor musical nos últimos 14 anos dos espetáculos de Bibi Ferreira.
O espetáculo teve sua estreia em 2018, dentro da programação do Conservatório Pernambucano de Música, no tradicional Festival de Inverno de Garanhuns, em sua 28ª edição. Desde então está em turnê nacional, sempre encantando e emocionando as plateias.
Com uma apresentação especial preparada para Maceió, o espetáculo contará com a participação do Sexteto de Cordas Pau Brasil, do Maestro Almir Medeiros e a Participação Especial da cantora Wilma Araújo.
DANILO CAYMMI
Considerado o herdeiro direto do talento do pai, Danilo Caymmi está num grande momento de carreira. Começou a estudar flauta aos 15 anos e logo se firmou como músico e depois como compositor, mas por incentivo de Tom Jobim começou a cantar. Hoje se destaca como um dos grandes intérpretes do País.
Como músico, trabalhou muito com seu pai, Dorival Caymmi, e com muitos e muitos nomes da música brasileira, até entrar para a banda de Tom Jobim, a Banda Nova, em 1984, que viria a mudar sua vida.
Nesse período com o Tom, além de flautista, foi um aprendiz do Grande Maestro estando sempre ao seu lado, acompanhando-o não só nos shows mundo afora, como na Finlândia, Suécia, Estados Unidos, Portugal, Rússia, Alemanha e Argentina, mas esteve presente em inúmeras gravações e arranjos, tornando-se o “band leader” e o “side man” de Tom.
Começou cantando as músicas “A felicidade” e “Samba do avião”, recebendo críticas no mundo inteiro, o que estimulou ainda mais o seu trabalho solo.
Como compositor, tem muitos sucessos, em parceria com o pai, solo ou com outros parceiros. Entre suas canções destacamos “Andança” e “Casaco marrom” que acabam de completar 50 anos de sucesso. Para a televisão compôs para novelas e minisséries como “O que é o amor”, tema de Vera Fischer em Riacho Doce;
Em 2014, ao lado dos irmãos Nana e Dori, receberam o Grammy Latino pelo CD “Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo”
Atualmente, esta em turnê cartaz com dois espetáculos comemorativos: VIVA CAYMMI, em homenagem a vida e a música do seu pai, Dorival Caymmi; e um espetáculo baseado na obra de Tom Jobim, referente ao seu último CD lançado “Danilo Caymmi canta Tom Jobim”, considerado pela crítica um dos melhores resultados artísticos nas comemorações de 90 anos de Tom.
WILMA ARAÚJO - Com 29 anos de carreira, 3 CDs lançados e centenas de shows realizados, Wilma é uma das artistas mais queridas de Alagoas. Está prestes a lançar DVD Web e seu primeiro disco de forró, com canção inédita de Zeca Baleiro e composições de Djavan, Chico César, Jacinto Silva, entre outros nomes importantes da cena cultural nordestina. Ambos os projetos têm a produção de Sue Chamusca.
Após 2 anos longe dos palcos por causa da pandemia, Wilma voltou a soltar a voz no último dia 26 de junho, onde foi uma das atrações do início da programação do São João da Gente, realizado pela SECULT e que reuniu mais de 40 mil pessoas no Arraial Clemilda, em Jacarecica.
Artista é presença constante na abertura de shows de grandes nomes da MPB, em Maceió, como: Maria Bethânia e Zeca Pagodinho, Djavan, Diogo Nogueira, Alcione, Emilio Santiago, Jorge Aragão e Erasmo Carlos.
Apaixonada pela sambista Clara Nunes, Wilma criou um show Clara Guerreira Clareou, que teve duas edições no Teatro Deodoro. A artista alagoana também desenvolve há 8 anos o projeto Samba da Wilma, levando centenas de pessoas a cantar e se esbaldar na pista de dança de casas noturnas da cidade por horas a fio.
Outros três importantes projetos autorias Dois Pra Lá Dois Pra Cá – Clube da Dança, Bloco da Wilma e o Pré-Reveillon da Wilma vem sendo realizados com grande sucesso em Maceió.
SEXTETO DE CORDAS PAU-BRASIL, DO MAESTRO ALMIR MEDEIROS - tem em sua formação os músicos Aldair Tomé, Jâmerson Santos, Anderson Herculano e Vanessa Ferreira Santana, além do próprio Almir Medeiros
Licenciado em música pela Universidade Federal de Alagoas e pós-graduado em Arte-Educação pelo CESMAC, Almir atuou como violoncelista das Orquestras Sinfônica de Sergipe e Filarmônica de Alagoas, onde também foi regente. Foi regente da Orquestra de Câmara da UFAL no período de 1990 a 1996. Além do Sexteto de Cordas Pau-Brasil, criou também o Quarteto A La Sax, com apresentações dentro e fora do Estado de Alagoas.
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