O jogador brasileiro Daniel Alves entrou em contradição três vezes durante depoimentos que prestou às autoridades da Espanha que investigam a acusação de agressão sexual feita por uma mulher de 23 anos.
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Preso preventivamente desde sexta-feira (20), sem direto à fiança, o lateral nega qualquer tipo de crime, mas apresentou versões diferentes sobre o ocorrido quando questionado em menos de 45 minutos de interrogatório.
Segundo o jornal "El País" e a TV3, Daniel Alves mudou a sua versão durante as seguintes situações:
Essas contradições e o fato do lateral não ter um endereço conhecido na Espanha, bem como o Brasil não ter um acordo de extradição com o país, teriam motivado a prisão de Daniel Alves.
Além disso, a acusação afirmou que, por causa do seu patrimônio, o jogador poderia até alugar ou comprar um avião particular e sair da Espanha sem ter que mostrar o seu passaporte.
O que diz a mulher - Na última sexta, o jornal catalão "La Vanguardia" revelou que a suposta vítima também prestou um depoimento. De acordo com o jornal, diferente do que alega Alves, ela disse ter sofrido estupro.
Neste sábado (21), a mulher, que teve sua identidade preservada, afirmou que se recusa a receber indenização financeira, caso o jogador seja condenado.
De acordo com a juíza responsável pelo caso, a vítima abriu mão do direito a ser indenizada pelas lesões e danos morais sofridos, porque espera que seja feita justiça e que o atleta pague com prisão pelo ocorrido.
Além disso, ainda segundo a imprensa espanhola, no depoimento na última sexta, a mulher conta como aconteceu a suposta agressão:
O jornal espanhol "El Periódico" noticiou que, segundo fontes, imagens de câmeras de segurança comprovam que Daniel Alves permaneceu por 15 minutos dentro do banheiro com a suposta vítima, contrariando a versão inicial do jogador.
A reportagem do jornal "El País" diz que, segundo o relato, o estupro foi muito violento e durou cerca de 15 minutos.
No banheiro foram encontrados restos de sêmen, segundo o "El Periódico". O relatório médico alega que a vítima tinha marcas de violência compatíveis com estupro.
Após o suposto crime, a mulher se queixou com funcionários da boate, que chamaram a polícia. Quando os policiais chegaram ao local, o brasileiro já havia ido embora, de acordo com a denúncia.
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