por Luan Paz
Você também deve ser fã dessa bebida e não vive sem, mas você sabe qual a origem do café? Então se prepare que iremos viajar no tempo e na história para descobrir um pouco mais sobre a planta que nos fornece essa bebida que é uma das mais consumidas no mundo!
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A origem do café é envolta em lendas e histórias que remontam séculos atrás. Acredita-se que o café tenha suas raízes na Etiópia, onde uma lenda popular narra a descoberta da bebida por um pastor chamado Kaldi, com a ajuda de um monge. Essa história foi registrada em manuscritos do Iêmen no ano de 575 d.C, e conta que o pastor Kaldi observou que suas cabras ficavam alegres e cheias de energia depois que mastigavam os frutos de coloração avermelhada dos arbustos abundantes dos campos, então ele experimentou e logo se sentiu revigorado. Mas sendo lenda ou não, registros históricos indicam que foi nesta época que a exploração de diferentes possibilidades de consumo do café começou a se difundir.
Os etíopes ingeriam o fruto e se alimentavam da sua polpa macerada ou misturada em banha durante as refeições, outro hábito que eles tinham era mastigar as folhas ou preparar chá com elas, porém foram os árabes que dominaram a técnica de plantio e preparação do café. As plantas foram denominadas “Kaweh” e sua bebida recebeu o nome de “Kahwah”, que significa “força” em árabe, sendo o Iêmen a primeira região a receber suas sementes e foi ali que ela começou a ser utilizada como uma bebida por monges para obter energia e conseguir realizar suas vigílias.
A torra do café foi um passo importante na sua popularização, mas ocorreu apenas no século XIV, quando a bebida adquiriu a forma e o gosto que conhecemos hoje! Estudiosos acreditam que chegou na Europa durante o século XVI, na Itália e, inicialmente era proibida aos cristãos, até que o papa Clemente VIII provou, gostou e liberou o café. Da Europa para a América foi um pulo e os primeiros pés de café chegaram no Brasil em 1727, na região Norte do país, de lá foi se espalhando e começou a ser produzido e consumido no restante do país, principalmente no Vale do Paraíba, e atualmente somos os maiores produtores do mundo.
Apesar de existirem mais de 120 espécies de café, apenas duas se sobressaem na produção em larga escala, o Coffea arabica e o Coffea canephora, também conhecido como conilon, sendo o primeiro o mais consumido no mundo, correspondendo a 60% de toda produção mundial. Mas qual a principal diferença entre essas duas espécies?
O conilon prefere climas quentes e planícies, uma maior quantidade de água, é mais resistente à doenças e tem polinização cruzada. O grão dessa variedade oferece mais corpo para a bebida, deixando-a mais cremosa, e, por ser mais barato, as misturas também são usadas para reduzir o custo do café de maneira geral e tem até o dobro de cafeína do arábica.
O café arábico é mais exigente em cultivo e manejo, prefere locais com climas mais frios e maiores altitudes. A produção da planta é bianual e o cultivo é realizado a partir das sementes. Por outro lado, é considerado muito mais fino e com condições muito melhores para oferecer diferentes nuances de bebidas.
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