Cura para calvície pode estar próxima, mostra novo estudo

Publicado em 09/05/2018, às 21h12

Por Redação

A calvície afeta cerca de metade dos homens até os 50 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e é um problema que até hoje não tinha uma solução médica definitiva. No entanto, pesquisadores descobriram uma potencial cura para ela usando um remédio originalmente criado para tratar a osteoporose.

Durante testes de laboratório, os cientistas identificaram que a droga teve um efeito forte sobre os folículos pilosos, estimulando-os a crescer. Ela contém um componente que tem como alvo uma proteína que atua como um freio no crescimento do cabelo e seria uma das responsáveis pela calvície.

O líder do projeto, Nathan Hawkshaw, disse à BBC que um teste clínico seria necessário para avaliar se o tratamento seria realmente efetivo e seguro para as pessoas.

Atualmente, apenas dois remédios estão disponíveis no mercado para tratar calvície (alopécia androgenética): o minixidil (para homens e mulheres) e a finasterida (só para homens). Os dois têm efeitos colaterais e não são plenamente eficientes sempre, então, muitas vezes os pacientes optam pela cirurgia de transplante de cabelo para lidar com o problema.

A pesquisa, publicada na revista médica PLOS Biology, foi feita em laboratório com amostras de folículos do couro cabeludo de mais de 40 pacientes homens que passaram por transplante de cabelo.

Os pesquisadores, da Universidade de Manchester, primeiro aderiram a uma antiga droga imunossupressora, a ciclosporina A, usada desde a década de 1980 para impedir a rejeição de órgãos transplantados e para reduzir os sintomas de doença autoimune.

Os cientistas descobriram, então, que essa droga reduziu a atividade de uma proteína chamada SFRP1, que é uma importante reguladora de crescimento que afeta muitos tecidos, incluindo os folículos pilosos.

Mas por conta dos efeitos colaterais, a CsA não era adequada para o tratamento de calvície.

A equipe começou a analisar, então, outros agentes que tinham como alvo a SFRP1 e descobriram que a WAY-216606 era ainda melhor para inibir a ação da proteína.

Hawkshaw afirmou que o tratamento pode "fazer a diferença de verdade para pessoas que sofrem com a queda de cabelo".

"Para quem sofre desse problema, os tratamentos podem ser muito prejudiciais. Não há um que seja universalmente eficaz. Por isso, as novas possibilidades de tratamento são animadoras, já que dão às pessoas mais opções que podem ser mais eficientes", concluiu o pesquisador.

Causas

A queda de cabelo é um problema de rotina e geralmente não é um motivo para gerar preocupações. Mas alguns tipos desse problema são temporários e podem ser sintomas de outros problemas de saúde.

É recomendado procurar um médico quando ocorrer queda de cabelo repentina, quando aparecem no couro cabeludo "buracos" sem cabelo, quando caem "chumaços" de cabelo ou quando há inchaço ou queimação na cabeça.

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