Eduardo Cunha (PMDB) votou na manhã deste domingo (2), em uma escola na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados conversou com jornalistas e disse que, em respeito ao partido, não revelaria em quem votou, mas ressaltou que não escolheria um candidato que foi “contra ele” no processo de cassação.
O peemedebista também afirmou que a decisão tomada pela Câmara “não teve ponto final” e prometeu recorrer.
A presença de Cunha dividiu os eleitores na zona eleitoral. Uma mesária da Seção 15, onde Cunha votou, se despediu ironicamente do político com um "tchau deputado cassado". Algumas pessoas, como o ex-jogador do Flamengo Nunes, cumprimentaram Cunha e pediram até para tirar fotos.
Na saída do colégio eleitoral, Cunha foi hostilizado por um eleitor que o chamou de “palhaço” e revidou dizendo que se tratava de um “petista” (assista ao vídeo abaixo).
Eduardo Cunha afirmou que vai entrar com recursos contra a cassação de seu mandato e inelegibilidade. "Até a próxima eleição ainda tem muita água pra rolar debaixo da ponte. Ainda vou entrar com alguns recursos, algumas ações no Supremo, já entrei com embargo na Câmara. Eu não diria a você que esse assunto está sepultado ainda não", disse.
O deputado cassado contou que tem trabalhado 15 horas por dia em seu livro, no qual contará bastidores do processo de impeachment e que deve ser lançado até o fim do ano. "Está indo de vento em popa", garantiu, dizendo que está praticamente certa a escolha da editora, mas que manterá o nome em segredo.
O ex-deputado do PMDB se esquivou de avaliar o governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB). "Acho que está muito cedo para avaliar. Depois da eleição é que vai começar de verdade", disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também já votou no Rio de Janeiro.
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