O Clube Sociedade Esportiva (CSE) vai a julgamento na noite desta quinta-feira (23) no Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas (TJD-AL). A denúncia é de racismo em um jogo do Campeonato Alagoano. O torcedor que teria praticado o ato de racismo não foi localizado e, por isso, o clube será julgado.
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“O time teve um prazo para identificar o torcedor e nos passar. Como isso não aconteceu, o clube vai a julgamento. A Procuradoria do TJD-AL ofereceu a denúncia e hoje o caso vai ser julgado”, disse ao TNH1, Osvaldo Junior, secretário-geral do TJD-AL.
Osvaldo explicou que a punição pode variar entre perda de pontos no Alagoano e multa. O secretário-geral do TJD-AL explicou também que do julgamento de hoje, que acontece de forma semipresencial, cabe recurso.
Posicionamento do clube - “O CSE se posiciona como inocente. Um repórter fez uma denúncia que um cidadão praticou ato de racismo contra ele. No entanto, não há provas. A diretoria, que na hora poderia ter tomado providências, não foi acionada e só tomou conhecimento através da súmula. A torcida do CSE é pacífica, ordeira e respeita todos independente de cor, raça, todas as etnias. Se o cidadão tivesse nos relatado, nós teríamos tomado todas as providências, chamado a polícia e feito a ocorrência. Não admitimos esse tipo de atitude, seja de quem for, respeito acima de tudo”, informou o CSE, por meio de sua assessoria jurídica.
O caso - No dia 29 de janeiro, no jogo CSE e Cruzeiro-AL, no Estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios, André Henrique, da rádio Palmeira FM, informou ao árbitro da partida que foi vítima de racismo por um torcedor do time de Palmeira dos Índios.
“Cerca de oito torcedores do CSE estavam no alambrado e um deles olhou para mim e disse as seguintes palavras: o que você tá olhando seu negro filho da ****”, informou o radialista no Boletim de Ocorrência feito na Polícia Civil.
"Minha parte fiz, comuniquei ao delegado da partida, que ao mesmo tempo repassou para o árbitro, que relatou na súmula do jogo. Também fiz um Boletim de Ocorrência. Espero que as autoridades tomem os devidos procedimentos e que casos como este não voltem a ocorrer com nenhum outro membro de imprensa. Minha parte fiz e continuarei fazendo", disse o radialista.
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