Por Redação
Flávio tem ação na Justiça contra o CSA por salários atrasados
Alvo de processos trabalhistas na Justiça, o CSA tenta resolver todas as suas pendências com ex-jogadores que cobram salários atrasados e até mesmo danos morais. Advogado de dois destes atletas, Tácio Mello, em contato com o TNH1, afirma que o Azulão não tem a certidão da Justiça do Trabalho, como vem afirmando o clube, e que não fez acordo com o ex-goleiro Flávio, hoje aposentado, ídolo do CSA e que se despediu da equipe em 2012.
“Não é a primeira vez que escuto na imprensa alguém da diretoria do CSA dizendo que fez acordo com o Flávio. Isso é mentira. O CSA não fez nem contestações em alguns processos, e quando fez não apresentou documentos. Nem recibos de jogadores o clube tem, mas fica dizendo que a ‘casa está arruma’. O CSA tem pendências, não tem a certidão da Justiça do Trabalho e não vai ter”, afirmou Mello ao TNH1.
A referência, neste caso, é de que o clube marujo não atenderia ao Profut (Programa da Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). Conforme Medida Provisória 671, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, os clubes brasileiros terão de apresentar as certidões negativas da Receita Federal, INSS, FGTS e Justiça do Trabalho, entre outros pontos, para poder disputar competições oficiais a partir de 2016.
O advogado, que além do processo do ex-goleiro Flávio ainda cuida dos processos na Justiça do ex-jogador Claudinho (contratado em 2012) e de outros atletas e funcionários que passaram pelo CSA, trouxe mais detalhes sobre o caso. “O Flávio veio jogar quase de graça, porque ele tinha um salário muito alto lá fora e foi para o CSA recebendo R$ 12 mil. Ficou lá cerca de um ano e tem de 10 a 12 salários atrasados. O valor, corrigido hoje, é de cerca de R$ 160 mil. Ele entrou chateado na Justiça cobrando isso, mas eles (dirigentes do CSA) não atenderam nem aos telefonemas do Flávio. Isso vem desde diretorias passadas”, alegou o advogado em contato com o TNH1.
“O Claudinho saiu inválido, não pode mais jogar futebol e o CSA não fez nada por ele. Agora ele quer danos morais e o processo vai demorar, porque não houve acordo (de R$ 1,5 milhão estimado que o jogador cobra)”, completou Tácio Mello. “O CSA tenta fazer acordos de R$ 10 mil, mas isso é muito baixo. Há mais sete a 10 ações trabalhistas contra o CSA. Vamos ter que correr atrás das rendas (de bilheteria do clube), de negociações de jogadores. Vamos fazer o que for preciso”, concluiu ao TNH1 o advogado dos ex-atletas.
CSA nega declaração
Também em contato com o TNH1, o assessor de imprensa do CSA, Emerson Júnior, rebateu a declaração a respeito do goleiro Flávio. “Ninguém da diretoria deu alguma declaração dizendo que fez acordo com o Flávio. O clube, na verdade, não foi comunicado ainda oficialmente (sobre o processo). Mas o presidente Rafael Tenório já afirmou que o CSA pretende fazer um acordo, pois o Flávio é um grande ídolo e já fez muito pelo clube”, afirmou.
Sobre a certidão da Justiça do Trabalho, o assessor de imprensa informou que “o que a diretoria passou é que o torcedor pode ficar tranquilo. O CSA não vai deixar de jogar (por conta do Profut). A diretoria atual já pagou R$ 200 mil de débitos e vai fazer o que for preciso para deixar tudo em ordem”.
Além do contato com a assessoria de imprensa, o TNH1 tentou conversar na tarde desta sexta-feira com o próprio presidente executivo Rafael Tenório, o presidente do Conselho Deliberativo, Raimundo Tavares, o vice-presidente jurídico, Ricardo Omena, e o vice-presidente financeiro, Marco Túlio, porém, eles não puderam conversar sobre o assunto até o fechamento da matéria.
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