Velho conhecido da polícia e de usuários de bancos, o dispositivo conhecido como "chupa-cabra" voltou a fazer vítimas na capital alagoana. O aparelho é instalado por golpistas na entrada de caixas eletrônicos e copia dados de cartões bancários durante transações presenciais, de modo que as informações coletadas são utilizadas logo em seguida para saques e empréstimos sem autorização.
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As vítimas mais recentes são clientes da Caixa Econômica Federal (CEF) e os golpes aconteceram nas agências de Cruz das Almas, Serraria, Rua do Sol, no Centro e Jatiúca, neste mês de março.
De acordo com a polícia, cinco usuários procuraram delegacias para relatar que tiveram dados copiados e valores roubados a partir do "chupa-cabra". Os valores subtraídos pelos criminosos nas quatro agências de Maceió ultrapassam os R$ 40 mil.
O delegado Robervaldo Davino, do 6º Departamento de Polícia (6º DP), em Jacarecica, onde três das cinco vítimas registraram boletim de ocorrência, detalhou o modus operandi dos criminosos.
"O cartão fica preso no caixa eletrônico e aparece alguém para ajudar, orientando para qual número entrar em contato. Nisso outro integrante da organização atende a chamada, normalmente uma mulher com um atendimento muito gentil. A primeira pessoa convence a vítima sair da agência, se afastando do caixa, quando eles pegam esse cartão e procuram outra agência para realizar os saques", explicou.
O TNH1 entrou em contato com a assessoria da Caixa, que avaliou a denúncia e enviou a resposta por meio de nota. Confira na íntegra abaixo.
"A CAIXA esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.
A CAIXA orienta os seus clientes a não aceitarem ajuda de estranhos, mesmo dentro das agências. Caso o cartão fique preso na máquina, o cliente deve informar o fato a um empregado da CAIXA, devidamente identificado. Se a agência estiver fechada, o cliente deve entrar em contato com a central de atendimento da CAIXA pelo 0800 726 0101, informando ao atendente do banco sobre a situação, para que sejam tomadas as providências, como o bloqueio temporário ou o cancelamento com reemissão.
Ressaltamos que pedidos de contestação podem ser realizados em qualquer agência da CAIXA. Para isso, o cliente precisa comparecer a uma das unidades, portando CPF e documento de identificação.
A CAIXA reforça os principais cuidados que devem ser observados:
Nunca aceite ajuda de estranhos, mesmo dentro das agências;
Não forneça senhas ou outros dados de acesso em sites ou aplicativos não oficiais, bem como em ligações telefônicas;
Desconfie de mensagens solicitando dinheiro, mesmo sendo pessoas próximas, pois o telefone pode ter sido clonado;
Desconfie de SMS, e-mail ou qualquer forma de comunicação dizendo ser de seu banco, mas que seja de número celular comum e contenha erros de escrita;
Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário;
Utilize sempre navegadores e softwares de antivírus atualizados;
A Caixa jamais solicita senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual;
A Caixa não solicita ao cliente o desbloqueio ou cadastramento de novos dispositivos móveis (celulares);
O banco disponibiliza orientações de segurança em seu portal da internet http://www.caixa.gov.br/seguranca/Paginas/default.aspx. Em caso de dúvidas, os clientes têm à disposição os canais de atendimento: SAC/Ouvidoria 0800.726.0101, WhatsApp 0800.104.0104 ou qualquer uma das agências da CAIXA (http://www.caixa.gov.br/atendimento).
Mais informações sobre a CAIXA podem ser consultadas nas redes sociais do banco:
www.youtube.com/user/canalcaixa
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa da CAIXA"