Criança vítima de queimaduras recebe alta médica do HGE após quase 10 dias

Publicado em 26/10/2022, às 10h42
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Por TNH1

O menino de 2 anos vítima de queimaduras e hematomas recebeu alta médica do Hospital Geral do Estado (HGE), na manhã desta quarta-feira, 26, depois de quase 10 dias de internação. A criança sofreu queimaduras de segundo grau em 11,5% do corpo e o caso de maus-tratos está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas. O padrasto da vítima já foi preso suspeito do crime.

"O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, informa que o menor A.H.S.A, de 2 anos, recebeu alta médica na manhã de hoje (26). Ele deu entrada na unidade no último dia 18, com ferimentos causados por escaldadura (líquido quente). A criança sofreu queimaduras de segundo grau em 11,5% do corpo, nas regiões inguinal, do glúteo, dorso e coxa", informou o boletim atualizada, divulgado às 10h40.

De acordo com o conselheiro tutelar Arildo Alves, a criança vai ficar sob os cuidados da tia paterna a partir de agora, pois a mãe foi afastada por suspeita de negligência. "Agora vamos aguardar a decisão judicial para saber com quem o menino fica, mas nesse momento ele vai ficar sob os cuidados da tia paterna", destacou por telefone ao TNH1.

O Conselho Tutelar também informou que vai acompanhar a ida do menino até a residência, como também as instalações do lar provisório até que o Poder Judiciário decida a guarda.

Polícia deve concluir o inquérito até a próxima sexta, 16 -   A delegada Teíla Rocha, titular da Delegacia Especial dos Crimes contra Crianças e Adolescente e responsável pelo caso, disse ao TNH1, nessa segunda-feira (24), que deve concluir ainda nesta semana o inquérito que investiga as denúncias de maus-tratos contra a criança de dois anos e seis meses.

"O laudo de conjunção carnal já foi encaminhado à delegacia, mas seu conteúdo é sigiloso. Tenho 10 dias para concluir as investigações. Esta semana ainda estaremos em diligências, e daqui pra sexta eu decido o indiciamento", explicou a delegada.

Há também a suspeita de que a criança pode ter sofrido abuso sexual. De acordo com a delegada, o exame de conjunção carnal feito na criança já foi encaminhado à delegacia, porém o seu conteúdo é sigiloso.

"O laudo de conjunção carnal já foi encaminhado à delegacia, mas seu conteúdo é sigiloso. Tenho 10 dias para concluir as investigações. Esta semana ainda estaremos em diligências, e daqui pra sexta eu decido o indiciamento", explicou a delegada.

Padrasto da criança é preso - A polícia prendeu nessa sexta-feira, 21, o padrasto da criança de dois anos que teve mais de 10% do corpo atingido por queimaduras. De acordo com as investigações realizadas pela equipe da Delegacia Especial dos Crimes contra Crianças e Adolescentes, a localização das queimaduras da vítima não seria compatível com a versão apresentada de que houve acidente doméstico.

Diante das evidências de ocorrência de crime, foi requerida a prisão preventiva do investigado, tendo a representação sido deferida e o mandado de prisão expedido pelo juízo da 14ª Vara Criminal. A delegada Teíla Rocha representou pela prisão do investigado. 

O homem foi levado para a Central de Flagrantes, no Pinheiro, e posteriormente, foi encaminhado ao Sistema Prisional. 

Criança teria sido vítima de queimaduras de cigarro - A criança de dois anos e seis meses, internada no Hospital Geral do Estado (HGE) após ser vítima de maus-tratos, passou por exame de conjunção carnal e de corpo de delito no começo da tarde da última quinta-feira, (20). A informação foi confirmada pela coordenadora de Acolhimento à Vítima e Família da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), Andrea Teodósio.

Ela relatou ao TNH1 que durante os exames a criança estava bastante assustada e repetia constantemente as palavras "socorro e protege". Ainda segundo a coordenadora, os legistas apontaram que a criança pode ter sido ferida por queimaduras de cigarro.

O caso - Policiais militares da Base Comunitária do Osman Loureiro, no Clima Bom, receberam, na última terça-feira,18, uma denúncia de maus-tratos contra uma criança de apenas 2 anos e 6 meses. A criança do sexo masculino apresentava queimaduras sérias em partes do corpo, nas pernas, nádegas a ânus, além de hematomas nas costas e na cabeça. A mãe do menino contou aos policiais que havia saído para trabalhar e deixado a criança sob os cuidados do companheiro. Ao retornar, ele contou que a criança havia se queimado ao tentar pegar uma panela onde ele fritava um ovo.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), os médicos que atenderam a criança avaliaram que, pelas marcas de queimadura, o líquido quente pode ter sido atirado sobre a criança. O Conselho Tutelar da 7ª Região foi acionado pela Polícia Militar.

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